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Breaking Bad - 4x02 - Thirty-Eight Snub

Oh, Jesse. Todo o desespero possível dentro de uma alma tão frágil. Como ela irá suportar?


Oh, Jesse. Todo o desespero possível dentro de uma alma tão frágil. Como ela irá suportar?

Depois de se salvarem com lealdade e atitudes (antes) impensáveis, Walt e Jesse começam a enfrentar seus demônios interiores. Enquanto Walt grita para Deus e o mundo escutá-lo, praticamente procurando uma segurança milagrosa, Jesse explode e desmorona.

Novamente ele se entrega para as drogas. Sem Jane, sem esperança, sem rumo, e com a certeza de que sua vida não poderia ser mais ordinária. Quem se lembra do alegre jovem que escapuliu da polícia por estar dormindo com a vizinha do seu fajuto laboratório? Este jovem é um homem hoje, que mesmo perdido interiomente foi sóbrio o suficiente para pensar e ajudar a namorada. Pedir pra que ela saia desse mundo e livre seu filho do destino que teve o tio, é outra vez uma prova do quão forte Jesse pode ser por alguém. 

Se ele consegue usar essa força para se reerguer é outra história. No final da 2ª temporada o baque foi tão forte que ele acabou numa clínica de reabilitação. Saiu de lá limpo, tentou reconstruir a vida e, de novo, foi bombardeado pelos danos colaterais da presença de Walter. Levou uma surra de Hank, teve que destruir o trailer/laboratório e ficou sem nada. Mais novamente tentando se reerguer, ele volta para a companhia do homem que antes disse não querer ver mais. E como se tudo não pudesse dar errado de novo, Jesse teve que se condenar e se perder. Será que ele vai se reencontrar desta vez?

Walter – quando mais precisa- não está com a cabeça no lugar. Comprar uma arma e ir na casa de Gus para matá-lo? Puro devaneio. Como mesmo ele pensa que vai alcançar este homem que há tanto tempo está no controle? Ele acha mesmo que vai “conversar” com o homem que domina o silêncio? Walt precisa racionalizar mais. Se tem uma coisa que Gus faz é pensar. Enquanto Walt corre atrás de uma 38, Gus já está 20 passos a frente.

A insistência dele em falar, em tentar convencer Gus ou seja lá quem for está longe do que ele precisa fazer se quiser sobreviver. Capacidade de superar a gente sabe que ele tem. Ele já provou ser inteligente e astuto quando tudo virou de cabeça pra baixo. Por que não está fazendo isso agora?

Enquanto o mundo de Jesse e Walt termina de virar farelo, Skyler tenta construir o seu. Foi muito sábio da parte dela investigar o lavajato e apresentar um preço congruente. Mas ligar na casa do marido e falar tudo por telefone quando ele arruma um pré-pago para “conversas de negócios”? Skyler é outra que precisa aprender a aplicar melhor a inteligência que tem.

Porém, o melhor da relação do ex-atual-casal parece que ainda está por vir. Apesar da clara falta de noção do perigo que corre, Skyler é capaz de ser o braço direito de Walt. Dessa forma, quem sabe, será ela que irá ajudar o marido a colocar a cabeça no lugar. Isso, obviamente, se chegar ao ponto de ele ter que mostrar para ela o jogo inteiro. Se depender da vontade dele, será nunca. Mais como tudo em Breaking Bad é imprevisível, há uma chance de Skyler acabar envolvida nos rolos de Walter em consequencia de ele não conseguir lidar com a situação.


Hank, por sua vez, já perdeu completamente o controle. Ele não só projeta sua raiva para o lugar errado como perdeu todo o vigor que antes tinha. É claro, um ser humano na situação dele tem lá seus problemas, mais o cara não está sozinho. Marie deixou de ser uma mulher mimada para ser a rocha da vida do marido. E como ela tem sido! O fardo que ela tem carregado e a coragem que ela tenta ‘injetar’ no esposo não poderiam vir da Marie da 1ª temporada. Hank tem que reconhecer isso logo. O mundo dele demoronou, óbvio. Mais não desmoronou só nos ombros dele. Ele tem com quem dividir o peso. Se fica tentando carregar sozinho, não irá a lugar nenhum.

Mais uma vez Breaking Bad nos presenteia com um episódio minimalista. A câmara segue os passos, praticamente a respiração de cada ator só para nos situar nessa tensão quase que “apalpável”. Aaron Paul dançando, Bryan Cranston ensaiando o saque da arma, todas as deliberações possíveis, no ritmo mais real possível, faz o coração de quem assiste acelerar incansavelmente por 45 minutos e 35 segundos.

É unânime que esses 2 episódios foram perfeitos. Violentos, poéticos, deixando o telespectador louco pelo que há de vir. A exigência da gente também aumenta conforme Breaking Bad vai acontecendo. Ou vai me dizer que você não espera que o 3º seja melhor que o 1º e o 2º? Mais é aí que está o negócio… tem como ser melhor que perfeito?

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