Breaking Bad - 4x11/12 - Crawl Space / End Times
Depois do trio Salud - Crawl Space - End Times só nos resta dizer uma coisa: "vem, Season Finale, vem explodir nossas cabeças...

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Depois do trio Salud-Crawl Space-End Times só nos resta dizer uma coisa: "vem, Season Finale, vem explodir nossas cabeças".
Crawl Space
Em Crawl Space, mais uma vez, Jesse se coloca como escudo de Walt. Dá até vontade de rir. Sempre foi exatamente o contrário, Walt é que tinha a vantagem de ser o químico e repetia e repetia: se matar o Jesse, eu não cozinho.
Agora a realidade é outra. Depois do México, Jesse ficou mais próximo de Gus e ainda por cima recebeu algo nunca recebido antes: a gratidão do patrão. Afinal Jesse salvou a vida de Gus e Mike. Um feito digno de herói.
Diante disso, Gus reconhece que seu pupilo é capaz de comandar o laboratório sozinho – além de ser ágil em situações extremas. Também reconhece a lealdade do garoto, que podia muito bem ter atirado no chefe quando este estava inconsciente. Mike estava baleado, e com mais um tiro morreria rápido também. Mas Jesse não o fez. Não cumpriu o combinado com Walt e correu para socorrer os dois feridos.
Depois de sua vitória no México, era até óbvio que Gus iria se vangloriar perante Hector Salamanca. Pergunto-me se em algum ponto Hector vai ceder e “falar” com a polícia, dando assim, munição para o desarmado Hank. Salamanca é daqueles que nunca falam com “o outro lado da lei”, nem mesmo quando esta é sua única saída. Mas diante da chacina de Gus, e da participação de Jesse em duas mortes de sua família, talvez, só talvez, ele repense seus princípios.
Ah, se isso acontecesse, não mais acidentes loucos no carro de Walt para Hank. O químico já nem sabe mais o que fazer para tirar da cabeça do cunhado a ideia louca – e verdadeira – de que Gus tem algo a esconder. Na verdade, esses “instintos” de Hank já estão soando meio ridículos para os padrões de Breaking Bad. É claro que nos lembramos que este personagem sempre seguiu essa linha – e já se descontrolou nela várias vezes. Então, provavelmente, (eu suponho), na Season Finale, ele chegará a algum fato que incomode Gus de verdade. Quer dizer, que incomode mais (e talvez o "pegue").
Gus, aparentemente, estava dançando na roda de Jesse e Walt. Não podia matar Jesse por causa de Walt. Depois não podia matar Walt por causa de Jesse. E nunca pôde matar Hank por causa de Walt. E Hank sempre chegando mais perto, e Walt sempre incomodando Jesse. Então o que resta fazer? Levar Walt para o deserto e demiti-lo... Só que isso não quer dizer, necessariamente, que as mãos de Gus estejam de todo amarradas. Se ele não toca o químico, toca a família dele. E Hank, que está sendo a grande pedra em seu sapato, nem precisa tentar correr. Gus não tem planos de deixa-lo escapar.
Então se antes do deserto Walt já estava gritando desespero, depois nem se fala. O jeito é fugir e se esconder... e para isso ele precisa de seu dinheiro. Pois é. Seu dinheiro.
Enquanto Breaking Bad nos faz praticamente enfartar com o terror de Gus, Beneke e sua “singela” esperteza nos fazem rir – e rir demais. Skyler, sempre tão inteligente, simplesmente deu para o ex-chefe-amante uma imensa quantidade de dinheiro, esperando que ele fosse logo pagar o que devia e se livrar da cadeia. Mas o cara, quem não tem nem 1% da inteligência dela, ignora todas as evidências de seu futuro encarcerado, e nem liga se isso compromete Skyler também.
É totalmente inacreditável a cara que ele faz, como se tudo estivesse bem, como se 600 mil dólares também não fizesse a “menor” diferença. Afinal, se Skyler quer ajudar (com dinheiro “sujo de jogatinas”), é bom que ela dê mais! Ai ai, mr. Beneke. Só que no meio dessa palhaçada toda, o homem não contava que a menina Skyler já cresceu e aprendeu a sujar as mãos. O resultado disso, bem... foi uma bela “intervenção divina”, como diz o Time A de Saul Goldman. Intervenção que pôs um ponto final nos impropérios de Beneke, mas não necessariamente no risco do Estado ir atrás de Skyler.
End Times
“Tenho esperado diariamente que Gus mande um de seus homens para me matar... e é você.”
Como o próprio nome do episódio diz, estes são os fins dos tempos. Se alguém, a esse ponto, ainda tinha alguma esperança, é bom que acorde de uma vez.
Gus, novamente e novamente, mostra que está sempre à frente no jogo. É tão forte sua capacidade de manipulação que às vezes parece que ele move seus inimigos como bonequinhos. Bonequinhos que vivem achando que são donos de si mesmos, mas que há muito são meras peça do jogo.
Jesse nem se fala. Até seu modo de pensar é estratégia de Gus. Não tem jeito, o garoto continua ingênuo. Ele praticamente perdoou Fring pela morte do irmãozinho da namorada, se afastou de Walt em função de sua lealdade ao patrão... e todo o resto de suas ações podem então ser usadas por Gus como uma “extensão de sua mão”.
A essa altura, nem crianças são exceções de guerra. Não para aquele que está vencendo, claro. Aliás, nunca foram. E é aí que Walt consegue fazer Jesse enxergar como está sendo usado. Como ele foi parar na casa de seu mentor, colocar uma arma em sua cabeça sem nem sequer pensar que alguma coisa deveria estar errada. O verdadeiro inimigo não é aquele que está na frente pedindo sua ajuda, mas sim aquele que está na sua frente dizendo que o ajuda.
Então o ingênuo Jesse acorda. Finalmente. Finalmente ele percebeu o que era a “resposta apropriada” de Gus. Bug foi a ruptura do resto de parceria que havia entre Walt e Jesse. E mesmo com Jesse protegendo Walt diante do chefe, uma “reconciliação” parecia impossível. Para o azar de Gus, o mal se virou contra o malfeitor, e sua maior jogada resultou na volta da dupla Pinkman-White.
A ligação de Saul para a polícia alertando de ataque do cartel a Hank só serviu para aguçar as suspeitas deste. Faz sentido. O cartel não tirou a vida dele mas tirou sua “validade”. Nem o distintivo ele segura mais. Por que iriam atrás dele de novo?
Aparentemente, com todos os guardas vigiando sua casa, o policial está protegido de Gus. E está, claro, mais próximo de seus colegas, fazendo com que estes, pelo menos uma vez, tenham que ouvi-lo. O negócio é que Hank soa como quem tem razão. Seus colegas nem possuem argumentos pra refutá-lo mais, o jeito é ir na lavanderia e conferir. Pobre, Gus. Aquelas fotos certamente serão o gatilho que Hank vai puxar. Ele já provou que é esperto, é questão de minuto até ele identificar um “detalhezinho” aqui e acolá.
Como Gus está lutando em duas guerras, não dá para se esperar um momento de paz, certo? E nem de vacilo!
O que foi aquilo de ele “pressentir” que algo estava errado com o carro? É claro, é claro. Jesse descobriu que o menino foi envenenado e não “se lembrou” de culpar Walter... é só somar um mais um e chega-se à conclusão de Gus.
Este guerreiro não está aqui para brincadeira. Se Walt quer pegá-lo, vai precisar de mais do que uma bomba caseira e um funcionário dando birra para não ir trabalhar. É impressionante sua astúcia – e guerreia com ele só quem está à altura.
Crawl Space e End Times foram mais lentos que o antecessor Salud, que serviu mesmo para mostrar com quem Hank e Walt estão lutando. Em Crawl Space e End Times, o químico e o policial jogaram suas cartas, enquanto Gus continuou fazendo seus movimentos para atingi-los. Walt ele não só conseguiu intimidar como também o fez recuar. Já Hank permanece na sua busca frenética, e está muito próximo de chegar lá.
A Season Finale está chegando. Não vai dar para saírem Gus, Walt e Hank ilesos. Alguém terá que se machucar.
Gus já está pronto para derrubar seus oponentes, é difícil acreditar que ele será vencido. Já para o bem de Walt, é bom que ele chegue no patrão antes do cunhado policial, porque senão... Hank vai derrubar dois coelhos numa cajadada só.