The Good Wife - 3x04 - Feeding the Rat

É triste… perder o que amo agora para fazer algo no futuro.

A pergunta de Owen, feita em Get a Room, (“Isso é rebelião ou amor?”), foi prontamente respondida emFeeding the Rat. É óbvio que a gente já sabia a resposta, mas é bom fazer de conta que nem tínhamos ideia de qual era o assunto, assim como Alicia está fazendo…

Até quando, (e aqui já começo com mais perguntas), Alicia se esquivará do assunto amor? Certamente chegará um ponto em que nem ela vai suportar a ausência desta palavra, porque cada ação dela e de Will expressará, ou já expressa, essa óbvia conexão entre os dois.

Ou não é amor o que os mantém apaixonados por tantos anos?

Em Feeding the Rat Will declarou seu amor duas, ou melhor, três vezes. Na segunda vez, eu acredito, nem ele esperava tamanha demonstração de si mesmo. Mais do que para os outros, no caso Celeste, ele, Will, percebeu que o lema “sem responsabilidade, sem bagunça” nunca esteve entre ele e Alicia. Pelo menos não da parte dele. E, além disso, ele nem devia imaginar o quanto está disposto a se entregar para ela. O pior é que ele parece que ainda não acredita nisso. (Que o diga Alicia).

Peter apareceu para dar um pouco mais de suspense neste episódio. Celeste, sempre com aqueles jogos infantis, ficou se fazendo de boba entre os dois homens, jogando indiretas que devem ter acertado Peter como bala de fuzil. Depois dessa, não sei se o promotor vai continuar acreditando na solteirice da ex-mulher. Temos que reconhecer que em brincadeiras sem graça Celeste merece o troféu de recordista.

O caso dessa semana foi um dos mais interessantes de TGW. Não só pela defesa da mais pura inocência, mas também por fazer Diane dar ouvidos à própria consciência e ter uma atitude altruísta – como há muito tempo não fazia. Para ficar ainda melhor, Romany Malco (o Conrad de Weeds) entrou na série como o defensor público Mr. Coint, e parece que permanecerá neste papel por mais um tempo. Cary continuou mostrando sua excelência como promotor, apesar de nunca estar com a razão. E Nicole Beharieestreou a promotora Imani Stonehouse em grande estilo. Espero que continue marcando presença.

Seguindo o caminho do brilhantismo de Feeding the Rat, Eli tenta desvendar a “hierarquia” da Lockart & Gardner. Este homem, até aqui, parecia conquistar tudo o que desejava, era só “imaginar” que seu pedido era atendido. Até que a “hierarquia” do novo trabalho mostrou que não, nem todos os sonhos são possíveis. Que diria ter Alicia e Kalinda só para si, incluindo uma vaga esperança de leva-las caso fosse embora.

Na hora que Eli pediu Kalinda e Alicia em tempo integral, percebi uma pontinha de sua sagacidade. Kalinda é uma ótima investigadora. Ponto. Alicia é uma ótima advogada. E esposa de seu outro patrão. Ou deveríamos dizer ex-esposa? Eli não quer, claramente, que o divórcio aconteça entre Peter e Alicia, e este pedido por ela soou como uma expressa vontade de tê-la debaixo de suas asas.

Mas esta mulher não quer estar debaixo das asas de ninguém. Nem se for de brincadeira, nem se for sério. Nem se for por amor, nem se for pelo seu grande amor. Estaria a boa esposa finalmente se libertando das garras da bondade?

Parece que, finalmente, ela está tomando posse de sua tão aniquilada liberdade…