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The Good Wife - 3×06/07 - Affairs of State / Executive Order 13224

Quando você acha que The Good Wife não pode ficar melhor, ela te surpreende da maneira mais inacreditável possível.


Quando você acha que The Good Wife não pode ficar melhor, ela te surpreende da maneira mais inacreditável possível.

O rol de personagens desta série já é de uma qualidade que muitas outras séries “matariam” para ter. Cada um tem suas particularidades e complexidades. The Good Wife coloca cada um em determinado contexto, cria um “pano de fundo” para ele e permite que o ator tenha a oportunidade de brilhar ao interpretar um dos roteiros mais bem escritos da atualidade.

Mas isso tudo não basta.

Affairs of State

Às vezes os culpados parecem inocentes. (Alicia)

Em Affairs of State nós tivemos a introdução de mais duas personagens: Dana (Monica Raymund) e Vanessa (Parker Posey), funcionária de Peter e ex-esposa de Eli, respectivamente. Fazendo com este episódio tenha sido um dos melhores até aqui.

Eli e seu brilhantismo tem (acredite ou não) uma alma gêmea para completá-lo. Sua ex-esposa entra na história depois do favor que Diane pede a ele. Até aí ninguém imaginava que o “contato” dele incluía a antiga Senhora Eli. Mas quando isto fica evidente, imediatamente o telespectador fica surpreso, pois é quase impossível acreditar que ele recorreria ao ‘passado’, principalmente quando este passado é cheio de péssimas lembranças.

Mas Eli é um ‘big boy’ e pode cuidar de si mesmo. Mesmo que… depois de suas últimas descobertas a decepção com o passado tenha crescido mais ainda. Vale ressaltar, é claro, a química entre Vanessa e Eli. Aliás, Alan Cumming teve jogo de cintura para dividir cena com qualquer ator com quem contracenou até agora, mas ver ele fazendo aquela cara de bravo ao brigar com Vanessa não tem preço.

Todo o rolo com a ex-esposa aconteceu por causa do caso da semana, que envolvia um jovem taiwanês culpado de um estupro. O modo como Alicia lidou com o caso foi realmente impressionante. Seu cuidado com as palavras ao denunciar a fuga de seu cliente mostraram que ela está se tornando melhor advogada dia após dia. Mas Cary também mostrou a que veio desta vez.

Além de ele desmembrar o caso e lidar com este com maestria, a perseguição de Matan o colocou em mais evidência ainda. O que foi aquele aviso de Matan a Dana? Ciúme? E a festa que ele fez ao colocar Cary num cubículo? Tudo isso colaborou para mostrar o quanto Cary amadureceu. Em nenhum momento ele se comportou como criança durante a mudança de escritório, mesmo que tenha tido alguma razão para isso. E ele também nem deu muita importância ao chilique de Matan com Dana. Muito pelo contrário. Cary saiu no “lucro”.

Saiu tanto no lucro que terminou o episódio numa nova sala, com direito a nome na porta. Grande sinal de confiança vindo de Peter. E grande decepção para Matan, que estava se divertindo à beça por conta da humilhação ao colega.

Enquanto Cary joga jogo de gente grande, Will acha que Zach é criança e comete o maior vexame de sua vida. Aquela cena no escritório de Alicia foi pra matar de rir:

Helping mommy out?
No school today?

Will se auto envergonhou e parece que gostou da experiência. Porque depois desse papelão todo ele ainda se ofereceu para conhecer, oficialmente, os filhos da amada. Segundo o Sr. Gardner, ele é “capaz” de causar uma boa impressão.

Bom, também não dá pra negar isso por completo. Caitlin, além de estar se saindo muito bem no trabalho, está pondo as asinhas (e as penas) para fora e rodeando Will. Alicia já percebeu a malandragem da moça e tentou, (bem que tentou), tirá-la do pé dele. Interesse profissional, ou sexual, ou ambos, este plot promete dar muito o que falar ainda.

A frase de Alicia (“Às vezes os culpados parecem inocentes”) se encaixa perfeitamente no foco deste episódio, pois todos os personagens que tiveram destaque em Affairs of State são, de alguma forma, culpados. Apesar da aparência de inocência.

Vanessa foi, ironicamente, condenada pelo seu passado justamente pela tentativa de definir seu futuro. O rapaz que cometeu o estupro tinha atitude de um garoto inocente, mas acabou se revelando um monstro. Caitlin tem um sorriso e uma voz angelical, mas usa essas qualidades para mascarar suas segundas – e verdadeiras – intenções.

Alicia também não escapa. Ela ainda esconde de todos seu relacionamento com Will. Mas essa máscara de “apenas boa funcionária” caiu no 3×07, Executive Order 13224. Agora a culpada não tem mais aparência de inocente. O disfarce vai ter que perder seu lugar de escape.

Executive Order 13224
Eu quero fazer a coisa certa, mas às vezes é difícil saber qual é a coisa certa. (Peter)
Eu acho que você deveria ir para o inferno. (Will para Peter)


Diane descobriu tudo. Tudo por causa de um descuido bobo do casal apaixonado. Por ela já conhecer o antigo histórico do casal, essa não deveria a surpresa que foi. Nem a reação dela deveria ser a defensiva que foi (colocar todos os funcionários para assitir vídeos sobre assédio no trabalho… sério, Diane?).

Mas um fator que não considerávamos está presente na descoberta de Diane: o medo. Medo de Peter, claro. E daí se Will, Alicia e Peter tem lá a sua história. Diane já provou um pouco do fel do marido abandonado. A perseguição de Peter é clara. Sem nem desculpa para escrúpulos.

Outra prova disso foi a justificativa de “ir atrás de Lemond” para processar Will. Chega a soar engraçado. Não que Will não tenha que prestar contas pelo que fez. Roubo é roubo. Mas vamos pensar que as circunstancias já são outras, e uma investigação e processo dessa natureza não vai levar a lugar nenhum. Assim como diz Cary, se fosse qualquer outra pessoa, Peter largaria pra lá.

Mas como se trata de Will, a birra persiste. Só que isso também me faz pensar no seguinte: e se Peter estiver sendo verdadeiro?

Vamos supor, por um momento, que ele realmente queira acabar com o tráfico comandado por Lemond. Então, assim, todos os movimentos contra a Lockart/Gardner foram, de fato, válidos. Ainda neste pensamento, é muito fácil para Will e Diane simplesmente culparem a presença de Alicia como a causa de todos esse atos. Desta forma fica muito fácil, não? Se Peter fosse seguir este raciocínio, ele não poderia nem se aproximar da firma que já iria significar “perseguição”…

Mas também não vamos nos deixar levar por essa ideia. Tanto Peter quanto Will possuem caráter dúbio. Ambos são capazes de fazer MUITA coisa que Alicia nem consideraria. Então não importa com quem ela fique ou quem ela ame. Mesmo em seus modos e particularidades, os dois são homens, digamos, inescrupulosos.

Esta rixa entre os galos parece que tem mais uma razão para esquentar agora. Dana, que de cara não deu certo com Will, entrou de vez no ringue e assumiu a luta ao lado de Cary. Peter tirou o corpo fora naquela tentativa mais infantil de dizer que “está sendo imparcial”. Dana e Cary não pegarão leve. Pegarão MUITO pesado. Só nos resta dizer: Boa Sorte, Will.

O caso judicial de Executive Order 13224 foi excelente. Colocou Alicia contra a parede e, mais uma vez, ela demonstrou ter o “dom” da advocacia.

Pela Ordem Executiva 13224, ela passou a ser obrigada revelar “qualquer informação relevante, relatórios ou gravações solicitados pela Secretaria da Fazenda”. Bela jogada de Glen, e armadilha difícil de escapar. Porém Alicia conseguiu.

Carrie Preston, a Arlene de True Blood, já havia participado de The Good Wife como a advogada que livrou a cara de Peter. Aqui novamente ela interpreta a atrapalhada Elsbeth Tascioni, que pode parecer bastante estúpida por fora, mas é uma das melhores advogadas que Alicia conheceu. Ela, numa proeza só, conseguiu tirar Alicia da obrigação imposta pela Ordem Executiva 13224 e deixar sua cliente mais impressionada ainda. Não é para menos.

A vitória da Lockart/Gardner no tribunal veio, em grande parte, pelo trabalho de Caitlin. Não sei dizer se isso foi realmente uma ‘grande coisa’. Mas a verdade é que ela já impressionou tanto Will quanto Diane e, nesse ritmo, ela pode acabar sendo a nova concorrente de Alicia. Uma “Cary 2.0”.

Grace continua com sua crise adolescente. A moça já saiu fazendo vídeos de dança por aí e agora quer participar de uma ‘igreja’ que é contra o divórcio. Ou que, pelo menos, se diz ser. Esta é, sem dúvida, uma das maiores ironias de The Good Wife. Logo a filha que parecia estar mais do lado da mãe resolve que não é tão a favor do divórcio assim. É claro que esta não é exatamente uma conclusão dela, ela está sempre absorvendo conclusões alheias.

Aliás, a maior questão nem é essa. A maior questão é: Alicia quer o divórcio?

O que Alicia quer fazer afinal? O que está impedindo-a de seguir em frente e enterrar o passado de vez? Os filhos? Justificativa fajuta. Peter? Ele é um adulto, uma hora ele vai engolir. Então aí sobre o quê? A consciência?

Bom, só se for a consciência mesmo. Porque o resto do mundo, Alicia, já está seguindo em frente. Acorde que já chegou a sua vez.

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