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O que Achei de: The Finder (Fox)

Ainda falta muito para The Finder alcançar voo. Muito mais do que qualquer fã de Bones imaginava.


Ainda falta muito para The Finder alcançar voo. Muito mais do que qualquer fã de Bones imaginava.

Para quem não sabe, The Finder é uma criação de Hart Hanson, o mesmo criador de Bones. Antes deste piloto, houve um crossover entre as duas séries, com a introdução de Walter Sherman (Geoff Stults) como um amigo de Booth, (David Boreanaz), que após ter sofrido um acidente na guerra do Iraque ficou com uma lesão cerebral que lhe deu o “dom” de encontrar qualquer coisa. O episódio em questão era o 19 da 6ª temporada de Bones e foi intitulado de “The Finder”.

Nele, Walter interagiu com Bones e sua equipe, e de quebra, paquerou Brennan e Angela. E ao invés de Mercedes Masöhn (a policial Isabel Zambada) fazer o papel da fêmea que cerca o protagonista, Saffron Burrows interpretava Ike, que evidentemente foi substituída. Além disso, vimos em “An Orphan Walks Into a Bar” que Willa Monday (Maddie Hasson) entrou para incrementar a turma. Ou pelo menos esta foi a intenção.

Diferente do que eu esperava, o episódio inteiro foi maçante. O caso apresentado até parecia interessante, mas a total falta de química entre os personagens não colaborou. Walter estava ótimo em seu papel, e Leo (Michael Clarke Duncan) conseguiu equilibrar a brutalidade e a doçura que o roteiro planejou. Mas o restante do elenco estava tão sem sintonia, tanto individualmente quanto em grupo, que fiquei me perguntando como eles passaram no teste.

Willa tem todo um passado complexo que justifica sua personalidade intransigente. No entanto, a atuação de Maddie Hasson não consegue transmitir a confusão que deveria existir na cabeça de sua personagem. Para quem já infringiu tantas leis na vida, em alguns momentos ela parece apenas uma adolescente emburrada com os pais porque ficou de castigo.

Já para a detetive Isabel, falta um pouco de “dureza”. A intenção, suponho, era que ela fosse uma mulher dura na queda, teimosa, dona absoluta de suas decisões. Bom, o que vimos na tela não foi nada disso. Ela parece ser apenas mais um membro do time de Walter. Ele fala, ela simplesmente segue. É como se ela fosse o braço dele dentro da polícia. Ou seja: muito fácil, muito simples, muito sem graça.

Jaime Murray (a Lila de Dexter) segurou um pouco as pontas de The Finder com sua Amadea Dornia. Foi um tanto exagerada a aparição de Amadea, mas não foi nada que tenha afetado o tímido andamento do episódio. Ela fez um show particular, mostrou que quem manda pode ter a loucura que quiser, e terminou presa, exatamente como era de se esperar. Eu diria que, novamente, foi muito fácil, simples e sem graça. A personagem, apesar de clichê, era a mais convincente e atraente. Não faria mal se ela tivesse a oportunidade de aparecer mais vezes.

O órfão que entrou no bar, no caso no “Confins da Terra”, até que fez bem seu papel. Cooper Allison (Brett Davern) é o garoto que perdeu o pai antes da hora e ainda precisava de sua aprovação para seguir em frente. O jovem rapaz continuava seguindo os passos paternos e queria dar ao pai um enterro digno. Recorrer a Walter se tornou a sua única saída a partir do momento que o governo parou sua investigação. Ainda mais quando no passado Walter tinha salvado a vida do senhor Allison no campo de guerra.

O problema é que a partir de certo momento parecia que tudo andava em círculos. Cenas e cenas aconteciam e o que era apresentado como uma grande descoberta na verdade não era nada interessante. De repente o procurado estava morto, depois estava vivo, mas depois de aparecer num sonho do amigo ele estava morto de novo. Os métodos únicos e não ortodoxos de Walter deveriam ter surpreendido e intrigado, porém pareciam ser uma mera brincadeira de criança.

Quando finalmente saiu a resolução, a sensação foi de alívio. Os 40 minutos que se passaram para chegar à ela podem ser facilmente confundidos com umas 4 horas. Sem contar que a descoberta da localização de Allison se mostrou tão simples (estava bem à vista o avião, não?) que é difícil entender o porquê das autoridades não o terem encontrado. Olha, não era para ser assim.

O que falta à The Finder é uma identidade própria. Falta vigor, vida aos personagens. Está tudo muito lento, muito arrastado, fácil demais. Todo seriemaníaco sabe que uma série sem um bom vilão, sem grandes obstáculos, sem suor não chega a lugar nenhum. Como este é o piloto dá vontade de dizer que apenas os personagens foram apresentados, então não faz sentido cobrar a maldade inerente ao mundo da TV por agora. Só que aí quando olhamos para os personagens vemos um grande vazio, e concluímos que, de fato, nada do que uma série precisa foi mostrado.

O que é uma pena. A premissa pode parecer velha, no entanto ainda assim chama a atenção. Espero que Hart Hanson consiga, pela segunda vez, prender a atenção que ganha do telespectador. Não precisa de nada homérico nem original. Pode ser simples mesmo, como Bones. Simples, porém interessante. Comum, porém atraente. Não é difícil de fazer. Mas também não é a coisa mais banal do mundo. Falta muito para The Finder alcançar seu voo. Mas este muito ainda é possível.

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