The Finder - 1×02 - Bullets

Depois de uma estreia fraca, The Finder tenta uma “regeneração”. Dr. Lance Sweets (John Francis Delay), de Bones, faz uma participação especial como um avaliador psicológico do FBI, mandado para verificar o estado mental de Sherman. A partir daí, já dá para imaginar como será o final do episódio, visto que, obviamente, Sherman continuará sendo consultor do FBI, mas ao mesmo tempo, sua avaliação psicológica certamente não é nada fácil.

O caso da semana envolve um policial, Edie Ross (Mitch Pileggi, o Samuel Campbell de Supernatural), condenado à pena de morte pelo assassinato de outro policial, Glen Hogan (James Ward), resultado de uma briga por causa de corrupção. Walter é contratado para provar a inocência do condenando, com a tarefa de encontrar a bala que Edie atirou no verdadeiro assassino na noite do crime.

Enquanto a procura se desenrola, presenciamos o modo Willa de diversão. Nada mais banal que conhecer um playboy, roubar um carro, colocar a culpa no menino e ainda roubar sua carteira. Pelo que vimos da personagem, este é seu comportamento típico. O que significa que esta não será a única vez que a veremos praticar tais atos, o que também significa que logo sua agente da condicional terá razões suficientes para levar Willa de volta ao xadrez.

Dando continuidade à sua avaliação, Sweets hipnotiza Walter na tentativa de levá-lo de volta ao local do acidente que o tornou “the finder“. Acontece que a mente de Sherman é extremamente peculiar e o hipnotizado “rouba” a hipnose para seus próprios fins. Ao invés de obedecer as ordens do psicólogo, Walter tem uma resposta à sua procura através de uma dançarina de flamenco. A dança revelou a existência do eco, o que confundiu Edie quanto à verdadeira direção da bala.

Porém, querendo ou não, em algum momento Walter teria que explicar como acabou se tornando o que é hoje. Para nossa surpresa, tal explicação vai além das sequelas do acidente, envolvendo a necessidade do protagonista de superar a morte de seis companheiros de guerra. A tragédia aconteceu porque ele não conseguiu encontrar um ativista fabricante de bombas, mas foi encontrado primeiro, o que o levou a uma armadilha. Desde então, ele é um “novo homem” que “encontra o que deve” ou “morre tentando”.

No quesito atuação, a presença de Sweets na série melhorou um pouco a impressão deixada pelo piloto. Ele já atua muito bem em Bones e neste episódio apenas repetiu o carisma a que está acostumado a interpretar. Ainda assim, é difícil não perceber o quanto Isabel parece inerte a tudo ao seu redor. O engraçado é que The Finder trocou sua coadjuvante feminina porque a primeira, Ike, não agradou o público o suficiente. Só que agora Isabel não está agradando em nada. Ela repete as linhas do roteiro, faz a pose que mandam, mas sua personagem não tem vontade própria, não tem vida. Pelo menos isso Ike tinha…

Já Leo fica fazendo somente o papel de conselheiro e fã. Está certo que sua função na série é aconselhar, mas é chato, para quem assiste, vê-lo se encantando todo o tempo com as ações de Walter. Não tem problema ele admirar o amigo, porém repetir toda hora o quão maravilhoso ele é, cansa o telespectador e desgasta a imagem dele, sendo que o ator Michael Clarke Duncan pode fazer muito mais do que isso.

Voltando ao resultado da avaliação de Sherman, como eu disse no início da review, era óbvio o que Sweets iria considerar. Não dava para ele simplesmente liberar Walter como alguém “normal”, especialmente porque a série o caracteriza como exatamente o contrário disso. Então aí entrava algum personagem para fazer aquele discurso de salvação do protagonista, o que ficou a cargo de Isabel (Leo, claro, fez isso o episódio inteiro). No final só restava ao psicólogo ser menos profissional e mais sentimental.

Em relação ao episódio anterior, este com certeza foi melhor. Não chegou a ser um grande salto de qualidade, mas também não foi aquele marasmo. Se continuar nesse ritmo, pode ser que haja alguma esperança para The Finder. Pode ser… porém não faz nada mal pisar mais fundo nesse acelerador.