Scandal - 1×02 - Dirty Little Secrets

“Acho que o amor, no fim das contas, é mais forte que os erros que cometemos.”

Só agora que eu notei o que Shonda está tentando fazer! Ela está querendo repetir a fórmula Meredith & Derek, perceberam? Homem casado, esposa ali por perto, amante por perto também, é a amante que é o amor da vida dele… hun?

Olha, até daria certo, aliás, pode ser que dê. Mas algumas coisas terão que mudar/evoluir. Primeiro, a química entre Meredith e Derek é mil vezes maior que a de Olivia e Grant. Segundo, Derek exala charme, cavalheirismo, paixão, e por aí vai. Já Grant ficou o episódio inteiro olhando com cara de cachorro abandonado para Pope. Sua fala e expressão “românticas” não são românticas, são MUITO sem graça. O personagem exige um “quê” de sedução, e falta muito para ele ser chamado de sedutor.

No entanto, é interessante ver que Rhimes gostou mesmo deste plot. Pelo jeito, em suas séries o casamento é, quase sempre, vencido pela irônica chegada do amor. Grant deixou bem claro para Cyrus (Jeff Perry) que é sua função de presidente que o impede de ir atrás de Olivia. Ou seja, é praticamente certo que logo ele não se importará mais com isso e Pope ainda cederá à lamentação amorosa de seu querido.

Falando em amor, eis que Abby choramingou por Steve por incessantes 40 minutos. Como ela mesma reconheceu depois, ela não é nem noiva nem esposa dele, mas ainda assim não conseguiu conter nada de sua decepção. Aliás, foi interessante a pergunta que ela fez: como um homem como ele precisa de contratar uma prostituta?

Indo para o caso da semana, encontramos Olivia defendendo Sharon Marquette (Mimi Kennedy), cafetina de luxo, que tinha David Rosen atrás de sua lista de clientes. Junto com isso, o homem que o presidente estava indicando para a Suprema Corte, Patrick Keating (John Getz), também aparecia na lista, o que fez Pope tentar interferir na indicação. Neste processo, ela vê que Cyrus está tentando mantê-la longe do Presidente porque, ao contrário do próprio patrão, ele levou a declaração de guerra dela a sério.

Grant, no entanto, quer é que ela fique por perto, ouvindo suas melosas juras de amor. Pelo menos desta vez, esse desejo absurdo dele serviu para algo, e Olivia conseguiu convencer a esposa de Keating a confessar que ela é a prostituta de quem ele foi cliente, numa relação que resultou num casamento e carreira de sucesso. Scandal mostra os dois discutindo e ele não aceitando muito bem, mas é claro que até para isso Pope tem um jeito.

A intimação pela lista é corroborada, e Olivia convoca os presentes nela para uma singela reunião. Matando dois coelhos com uma cajadada só, nem a lista foi liberada e nem a carreira de Keating foi por água abaixo. Well done.

Dirty Little Secrets bateu bastante nas teclas do amor e dos segredos. Amanda Tanner, a amante renegada do Presidente, bem que tentou fugir das consequências. Mas as consequências se personificaram no jornalista Gideon Wallace (Brendan Hines), que logo sentiu um cheiro de segredo no ar e foi atrás da história da moça. Olivia conseguiu convencer Amanda a ser ajudada, numa cena onde Quinn apenas repetiu a performance “estou abobada”. Ok, é o começo da série e a personagem ainda está aprendendo com a patroa. Porém, a cena dela boquiaberta já aconteceu no primeiro episódio. Não existe mais surpresas no quanto Olivia Pope é ousada, Quinn!

O que será da parceria entre Amanda e Olivia ainda não sabemos. Qualquer coisa que Tanner decida fazer, certamente será contra o Presidente, hora em que o coração de Pope ficará (sim) dividido. Gideon viu com os próprios olhos que ali está a matéria de sua vida, portanto ele não vai a lugar nenhum. Scandal, tem então, muito material para fazer barulho nesta temporada. Que venha o barulho, que venha o escândalo. Estamos prontos!

P.S.: Amanda Tanner é interpretada pela atriz Liza Weil, a Paris Geller de Gilmore Girls!