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Scandal - 1×05 - Crash and Burn

“Eu não tenho minha intuição mais”.


“Eu não tenho minha intuição mais”.

Depois da tempestade que foi o episódio passado, este veio para apaziguar um pouco. E colocar as coisas em seus devidos lugares. A morte de Amanda, de uma forma infeliz, foi o catalisador para que a bagunça começasse a se arrumar. A começar por Cyrus.

A reação de Cyrus à morte de Tanner foi peculiar. Ele não só ficou feliz com a notícia como disse que isso era uma coisa boa para o presidente e para o país. Em mais um de seus devaneios absurdos,Scandal coloca, outra vez, seus personagens nesta defesa indescrtitível a Grant. Quer dizer… foi bom para o país que a amante grávida do presidente morreu? O bom não seria se ele conseguisse manter certas coisas dentro das calças?

Não, Grant ainda fica fazendo cara de muito magoado e ofendido, pedindo “respeito” pela morte da ex-funcionária. Olivia, que a essa altura já foi além do que sua comedida discrição permite, esgoela com os agentes do presidente dizendo saber “o que ele fez”. Cinco minutos depois, ele liga para ela e continua com aquela ladainha de “você me conhece e sabe que eu não fiz isso”, “vem me olhar nos olhos e ver que eu não fiz isso”. Uma pessoa acabou de ser assassinada, o pai dela está procurando por ela, e no episódio passado o presidente declarou guerra à ex-amante. O tempo de olhar nos olhos com certeza já passou.

O cúmplice de Tanner, no entanto, continua seu trabalho. Ele envia um vídeo para a Casa Branca com o pronunciamento de Nixon renunciando a presidência, ou seja, a chantagem aqui é política. Ao que parece, Amanda devia estar sendo usada por alguém que quer derrubar Grant, e nada mais esperto que usar a imbecilidade falta de noção do mesmo.
Se alguém quer que Fitz renuncie seu trono, já podemos descartar sua esposa e Cyrus. A vice-presidente Sally Langston (Kate Burton, a Ellis Grey de Grey’s Anatomy), por exemplo, teria muitos motivos para tal. Primeiro, porque ela quer ser a presidente e, segundo, porque ela é uma “mulher de Deus” e, sendo assim, ao ver quão tortos são os caminhos de seu superior, pode ser que ela tenha ficado descontente e resolvido usar de meios não ortodoxos para se livrar dele.

Sally entra na história como a vice que aguenta o presidente porque ele é um meio para seu fim. Foi muito bom Scandal colocar uma mulher na política que, mesmo na política, ainda insiste que seus princípios seguem os “planos de Deus”. Mas todos sabemos que isso não passa de slogan de campanha, e rapidinho ela cede seu voto de minerva para Grant.

O voto, aliás, foi a favor do projeto DREAM, do senador Paul, morto no acidente do avião 684 da Sky National. O avião mal caiu, Olivia mal pegou o caso, e Cyrus já incitou o patrão a usar o momento de crise a seu favor. Naquele clima típico de ambiente político, a troca de favores começou a rolar solta até trazer Sally e a esperteza de Grant para o páreo.

Esperteza é o que não tem Quinn. Comparei ela com os demais gladiadores e cheguei à conclusão de que, ou ela terá uma importância muito grande no futuro, ou ela é totalmente desnecerrária. Veja, Harrison tem um bom ouvido (o que foi aquilo dele gravando tudo da caixa preta só com uma audição?), Stephen transa por favores (por incrível que pareça, todas as mulheres querem Stephen), e Huck tortura por informações. E Quinn, o que ela faz? Namora o jornalista que devia vigiar e faz promessas que não pode cumprir.
Vale falar um pouco do Huck, que revelou se lado Dexter neste episódio. Não foi necessariamente surpreendente, já que no 1×04, (Enemy of the State), descobrimos que ele é ex-CIA. Mas aqui a coisa fica melhor porque ele descobre (com uma facilidade extrema até) que quem matou Amanda foi Charlie (George Newbern), seu mentor. Olivia então, com uma cara básica de choro, pede para que ele “encontre” o corpo de Tanner, o que logo ficamos sabendo se tratar de ele voltar ao seu antigo vício, a tortura.

E lá se foi Huck. Como ele disse, a razão dele ceder foi Olivia, que o encontrou acabado, morando na estação de metrô, e pedindo esmola. Dez minutos de Dexter depois, o lugar onde está o corpo foi revelado.

David participa também, indo buscar o corpo quando Olivia dá a informação. Acontece que ele, além de ser amigo dela, ele é também o procurador. Logo, é ele quem deve investigar o assassinato, mesmo que a polícia já esteja querendo considerar a causa da morte como suicídio. E mais uma vez, Olivia ficará dividida.

E ficará mais dividida ainda porque, pasmem, Grant está de volta. Num ato de mais pura insanidade, ele resolve que vai dar um passeio pela cidade, ou melhor, pela cama de Olivia. Enquanto isso, ela ouve Stephen dizer que o bebê não era do presidente, ou seja, na mente dela, seu grande amor já está limpo de todas as acusações pelas quais agorinha ela o condenava.

Ele bate na porta com aquela cara de cahorro abandonado, ela está toda triste e abatida… a gente pode imaginar o resultado. Que pena que ela não tem mais as tão famosas intuições dela. Qualquer intuição numa hora desssas, certa ou errada, diria para ela fugir daquela cara de cachorro abandonado o mais rápido possível.


Observações:

- A resolução do caso foi muito boa e fugiu do óbvio. Nem a piloto nem a empresa aérea eram os culpados, mas sim um descuido bobo de uma funcionária cuja função era despachar relatórios. Ela, querendo sair mais cedo para ver o recital de piano da filha, duplica um relatório, o que causa a liberação de um avião com defeito e, por consequência, o acidente.

- O projeto DREAM visava beneficiar os filhos de imigrantes ilegais nos EUA, coisa que a vice presidente Sally disse não ser o “plano de Deus”. Será que quando ela voltou atrás Deus também voltou?

- Scandal colocou Nixon e Bush na história. Quando o presidente quis sair secretamente, seus guarda-costas disseram que ele é igual ao presidente de número 43, que é George W. Bush.

- Enquanto Stephen colocava milhares e milhares de chifres na cabeça da noiva, Abby se contorcia. O bom é que ela nem sabe disfarçar nem muito menos guardar seus comentários carregados de ciúme e fúria.

- Quinn pode ter mesmo uma grande relevância no futuro. É só olhar o padrão dos associados de Olivia: todos eles precisaram dela para sair do fundo do poço. E, considerando que Quinn Perkins começou a existir só em 2008, eu diria que tem muita história sobre ela para ser contada ainda.

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