Political Animals - 1x03 - The Woman Problem
É hora das máscaras caírem em Political Animals.

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É hora das máscaras caírem em Political Animals.
Até aqui, Bud foi pintado como o marido canalha e o pai estúpido do clã Hammond. Agora ele teve, finalmente, o espaço para tirar sua máscara e revelar as verdadeiras intenções por trás de seus atos. Aliás, “The Woman Problem” foi todo sobre tirar as máscaras dos personagens. Sobrou para Elaine, para T.J., para Susan, para Douglas, e até para a vovó Margaret, aquela que julgávamos ser a coadjuvante boazinha.
Bud se mostrou o carrasco e o mártir da família. Grande parte da destruição de seu lar veio de suas ações e do modo como ele conta suas mentiras, sempre acreditando que elas são a pura verdade. Se analisarmos bem, Bud deixou de ser um homem há muito tempo. Ele é um político em todas as áreas da sua vida, e age com os filhos e com a ex-esposa da mesma forma que age na arena política.
Não podemos deixar, no entanto, de reconhecer seu martírio para levar a culpa na derrota de Elaine. Foi bem pensado e foi totalmente altruísta. E teve um significado maior ainda porque ele fez o que fez fazendo de conta que não fez. Não dá para negar que Douglas tem muito que aprender com o pai.
Susan, por sua vez, é a definição da palavra BITCH. Aqueles que aprontam com ela e pensam que tudo vai ficar por isso mesmo, devem pensar de novo. Ela está pronta para contra-atacar contra quem a machucou, e está pronta para avançar em cima dos que revelaram seus pontos fracos.
O modo de ela agir com Douglas (e com o ex-namorado) só revela o que ela pretende fazer com Elaine. Com Doug foi rápido. Atirou, atingiu. Mas com Elaine está sendo lento e a Secretária cai na armadilha sem nem ver. Porque agora Susan é de “confiança”, muitas coisas cairão no colo da jornalista sem que ela precise dar muito em troca. E depois, mais uma vez, ela vai crucificar os Hammond… Da vez passada ela foi banida da Casa Branca. Será que da próxima haverá uma punição maior?
T.J., bem, continua sendo o drogado. Só que cada vez menos ele consegue esconder isso. A avó já deu um chega pra lá nele, e agora foi a vez do irmão. Não é difícil de entender a “cegueira” que Douglas tem por ele. É o irmão, afinal, não é? Como não ceder quando ele te pede ajuda chorando? Como não acreditar quando ele diz que vai melhorar?
O problema é o quanto isso custa para Doug. Não só o irmão, mas o pai e a mãe o consomem demais. Vamos ignorar o “poder”. Vamos falar de uma mãe que não vê o que separa a vida de filho, a vida de funcionário e a vida pessoal dele. Vamos falar de um pai que só faz merda e não vê o quanto isso afeta seu filho, que está ali na retaguarda se matando para limpar a sujeira deixada para trás.
Por tudo isso, dá para compreender a atitude dele de recorrer à Susan para “parar” os Hammond. Acontece que ele foi ingênuo… No mundo em que ele cresceu, já era para ter aprendido que revelar sua fraqueza para alguém é o mesmo que vender a alma para o diabo. Não tem devolução e pronto.
A máscara de Elaine também caiu, mas, no caso dela, nós já sabíamos o que se revelaria. Acho bom que em algumas falas os personagens dizem que os eleitores a veem apenas como “ambiciosa” e não como alguém que se importa com o país. Ora, ambiciosa é tudo e a única coisa que ela é.
Ela sabe das consequências que terá ao se candidatar para concorrer com o atual presidente. É só imaginar como Hillary seria chamada se concorresse com Obama nesta eleição. É algo impensável, é um golpe baixo. Mas para a nossa protagonista… Todos têm palavras de conforto e motivação. A única que teve coragem de (surpreender e) falar um pouco da verdade foi Margaret. Porém, de que adianta? Se está decidido, está decidido e ponto final.
Mesmo assim, gostei de ver o ataque de sinceridade dela. Sei que este não é o caminho que Political Animals vai seguir, mas pelo menos isso foi genuíno no mundo de Elaine. O caminho que a minissérie escolheu é mostrar que a protagonista tem razão em sua decisão. De pouco em pouco ela irá convencendo todos a se sacrificarem por ela – desde sua família até sua antiga professora. De pouco em pouco ela irá convencendo que desta vez a coroa é dela – fazendo o presidente mostrar todo o seu recalque e desespero, e os eleitores deixarem de ver a ambição da vadia para ver o seu coração. Tudo isso para, no final, ela chegar à Casa Branca e ser a mulher mais poderosa do mundo, posição que parece justificar todas as transgressões acima.
Observações:
- Alguém achou que Jubal Jacobs ia falar que Elaine ia perder?
- Douglas pediu Anne em casamento quando os dois estavam chapados. Anne disse o sim quando os dois estavam chapados. O que será deste casamento?
- Tenho até dó de Georgia e Alex quando Susan “terminar” com eles. Como ela mesma disse, “Eu não sou tão boa, Georgia”.