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O que Achei de: Beauty and the Beast (CW)

Que falta de vergonha é esta, CW?


Que falta de vergonha é esta, CW?

Nos últimos anos a CW vem se sobressaindo de uma forma inquestionável. Nikita, The Vampire Diaries, e agora Arrow são séries cuja qualidade está acima do que costumamos pensar como "padrão CW". Elas se superaram de tal forma que até mesmo a crítica especializada se rendeu. E, ainda assim, aqui estamos nós com Beauty and the Beast.

Durante o período promocional, onde o canal liberou posteres e trailers de B&B, não perdi tempo julgando a série. Depois de ver do que a emissora estava sendo capaz de fazer com premissas tão "bombásticas", concluí que era melhor ver primeiro para depois julgar. Neste meio tempo, vendo a divulgação de The Neighbors, boa parte deste bom senso foi para o ralo. Para mim, seria esta comédia da ABC que levaria o troféu de bomba da Fall.

Acabou que The Neighbors se revelou algo assistível e B&B abocanhou o troféu para si. Cena após cena do episódio eu me perguntava: o que a CW está fazendo aqui? Por que ela está fazendo isso?

Nada deu certo. Nada convenceu. Nada.

A atriz principal, Kristin Kreuk, que conheço da época da insuportável Lana Lang de Smallville, não poderia ser pior escolha. A cara de bebê (ou de quem está chupando limão) dela passa longe do que ela deveria ser: uma bem sucedida detetive de New York. Primeiro, ela deveria pelo menos ter estatura de gente grande e pose de gente grande, enquanto na verdade ela está mais para personagem de série teen.

Ela até tenta. Dá para perceber que ela se esforça para fazer de sua Catherine Chandler algo real, mas tentativas não livram uma série do cancelamento. O mesmo podemos dizer de Jay Ryan (Terra Nova), que faz a fera Vincent Keller, um médico que se alistou no exército depois de perder os irmãos no 11 de setembro. Se era para ele meter medo, alguma coisa aí não deu certo. Nem a maquiagem aterrorizante, nem os olhos amarelos assustaram. Nem o rugido também. Para completar, sua cara de choro mais parecia com a de alguém que queria ir ao banheiro.

O clima romântico entre os dois passou mais perto do forçado do que do natural. Deveria ser natural. Ele salvou ela, ela retribuiria com gratidão em forma de paixão. Ela descobre o lado "feio" dele, mas a gratidão e compaixão dela são maiores do que o medo que aquele rosto de monstro deveria fazer. E aí nasce o amor e, no caso dos dois, também nasce a parceria para derrotar aqueles que mudaram o DNA dele.

E nisso também entraria a história da mãe dela estar envolvida com a Operação Muirfield, razão pela qual ela foi assassinada. Gente, honestamente, este mistério todo não causou curiosidade em momento algum.

Já o caso do episódio me lembrou de um de The Closer, mais precisamente o do 1x02, "About Face". B&B conseguiu fazer uma cópia magistral. Só tiveram o trabalho de acrescentar a digital da fera no corpo da mulher e pronto. O marido cheio de amantes, a mentira dele sobre o acordo pré-nupcial, a assassina que inicialmente parece ser a menina mais fofa do mundo. Tudo exatamente o mesmo.

Os personagens coadjuvantes -- a parceira Tess O'Malley (Nina Lisandrello) e o galanteador-com-sotaque-britânico Evan (Max Brown) -- até que não decepcionaram. Mas só a existência deles já se configura numa grande caricatura. É claro que tinha que existir a parceira amigona e o rapaz que faz de tudo para entrar nas calças da protagonista. Ah, e também tem o melhor amigo de Vincent, J.T. Forbes, interpretado por Austin Basis. Um adicional cômico, mas também previsível.

A única coisa que poderia me surpreender é se B&B passar do episódio 10 (estou sendo otimista, claro). Pelo bem da humanidade, pelo bem daqueles que ainda te assistem, CW, cancela logo essa joça.

Beauty and the Beast é produzida pela CBS Television Studios em associação com a Take 5 Productions/Whizbang Films. Os produtores executivos são: Sherri Cooper (Brothers and Sisters) e Jennifer Levin (Without A Trace, Felicity), Brian Peterson (Smallville) e Kelly Souders (Smallville), Gary Fleder (Life Unexpected, October Road), Bill Haber (Rizzoli & Isles, Thurgood), Paul J. Witt (A Better Life), Tony Thomas (A Better Life), Ron Koslow (Moonlight), Frank Siracusa (The Yard) e John Weber (Borgias).


Observação:

- Eu só assisti os dois primeiros episódios de The Closer há um tempão e nem sequer gostei da série. Mas a cópia do caso foi tão descarada que foi impossível de não lembrar.

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Postar um comentário Comentários via BLOGGER (1) Comentários via DISQUS

  1. Eu adorava Th Closer e odeio essa série porcaria ai. Só consegui assistir aos primeiros episódios e nunca mais. Concordo plenamente com a crítica.

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