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Nikita - 3x04 - Consequences

“Eu não terminei de ensiná-la.”


“Eu não terminei de ensiná-la.”

A gente esperou com afinco, cultivou expectativas, e Nikita supriu nossa saudade da vilã mais estilosa da TV: a senhora Amanda. A mulher voltou com tudo e mais um pouco. Cheia de ódio no coração, com um exército pronto para derramar a raiva dela sobre suas vítimas. E Ari ali do lado…

Antes de chegar à parte boa (Nikki versus Amanda, claro), vamos voltar a fita um pouquinho. Gente, Ari dando uma de esposa descontente foi o máximo. Sim, ele está certo. Dona Amanda quer explodir o planeta inteiro e, além de esconder suas verdadeiras intenções, ela ainda faz tudo com um (aparente) descuido de criança de oito anos. Só que a situação amorosa aqui parece que é repeteco, não é? Pelo menos na parte feminina.

Com Percy foi (quase) a mesma coisa. Os dois começaram juntos, afinados, tinha aquele lance do romance no ar, da cumplicidade… até que cresceram as divergências. Ele prosseguiu sem ouvir o que Amanda tinha a dizer, e ela decidiu traí-lo para ter o poder sozinha. E eis que o mesmo cenário se forma entre ela e Ari (ou quase, já que não sabemos qual será o destino dele). Se alguém fosse esperto, indicava um terapeuta para esta mulher urgentemente.

Mas, como a fraqueza do inimigo é a porta de entrada para Nikita, é melhor deixá-los assim mesmo. Enquanto eles se desgastam brigando entre si, disputando sobre quem tem ou deixa de ter razão, Nikki vai encontrando suas brechas. Porém, em momento algum isso significa que Amanda & Cia podem ser subestimados. Teve até uma cena em que a nossa espiã querida disse que “daria conta de Amanda”, ao que Ryan fez muitíssimo bem em responder que os efeitos colaterais da explosão entre elas provou justamente o contrário.

E que explosão, hein. Desde arma química liberada dentro da Division, até o envolvimento de Owen em seus negros planos, Amanda deu trabalho até não poder mais. Mesmo que no final a chave mestre tenha ficado em posse da Division, e o esconderijo da vilã tenha sido descoberto, temos que reconhecer que o primeiro gol foi dela. Houve muitas perdas do lado dos good guys e, como se isso não bastasse, parece que tem um novo traidor em cena.

E já que mencionamos Owen ali em cima, vamos falar de seu novo “estado mental”. Foi interessante a série acrescentar um histórico para o personagem, visto que ele agora será regular. Faz todo sentido que ele tenha algo para chamar de seu, já que não dá para ele continuar sendo apenas o bom ex-guardião que não tira o olho de Nikita…

O que chamou minha atenção sobre o passado dele é o que Amanda citou: Sam, como ele era chamado, matou todos os seus amigos. E mais cedo ou mais tarde ele recuperará sua memória, junto com o trauma e a personalidade que tinha. Bom, considerando que esta informação tenha sido verdadeira, que Amanda o consertou para que ele fosse um recurso da Division, dá para temer o que ele se tornará. É um precedente que foi criado a partir do momento em que ele decidiu ficar.

Aliás, antes de ele chegar a esta conclusão, foi espetacular sua insistência em questionar Nikita sobre a presença dela ali. Foi estranho ontem, é estranho hoje e assim continuará sendo sempre. Mas o melhor de tudo é ver que a série nota isso e faz questão de mostrar que não se esqueceu da bizarrice da situação. Ela poderia muito bem fazer de conta que tudo está maravilhoso depois de ter nos dado a explicação da “nova Division”. Porém, seu Craig sabe fazer uma coisa coerente e nem se importa em pisar no próprio calo e dar tiro no próprio pé. O importante é manter a coesão da história.

O que não me agradou muito neste episódio foi o novo plot de Alex. Devido ao seu envolvimento com drogas, era meio óbvio que a série iria voltar a bater nesta tecla para criar novos conflitos para a personagem. No entanto, ela já chegou a um patamar tão alto na temporada passada que fica difícil de entender como alguém de sua maturidade, que dispensou a morfina no tratamento do tiro, ia simplesmente recorrer à pílula ao invés de tentar ter uma conversinha franca. Porque se a gente parar para analisar, com dez palavras trocadas com Nikita todos os problemas da jovem Udinov deixam de existir.

Ela permanece na Division por achar que deve algo à sua mentora. Mas certamente ela já pagou o que devia há muito tempo. Além do mais, a relação delas não existe apenas pela vida de espionagem. Elas são amigas, quase mãe e filha. Do que exatamente Alex tem medo? Ela acha que Nikita vai repreendê-la por ela querer seguir em frente?

Uma coisa que penso, no entanto, é que Nikki tinha que notar isso. Só o fato de Alexandra, sem ter se recuperado completamente, querer ir numa missão, já serve de pista. Não sei se no meio da situação toda ela não parou para reparar, mas conhecendo a pupila como ela conhece, tais sinais não podem passar despercebidos.

Já a postura de Sean, mesmo sendo cruel, foi justa. Até aqui o rapaz estava correndo risco de vida por alguém que nem moral lhe dava. Então só posso dizer que ele fez bem em sair desta enquanto estava vivo. Só lamento muito porque o “eu te amo” aconteceu na hora da despedida. O casal Alexan merece mais.

E já que tocamos no assunto amor e coração partido, parece que Sonya e Birkhoff resolveram colocar suas cartas na mesa. Nós ficamos aqui de dedos cruzados para que dê tudo certo e para que Birk não estrague tudo outra vez. E principalmente para que as mentes brilhantes dos dois encontrem o traidor dentro da Division.

Aproveitando a deixa do traidor, vale ressaltar a nova “ideologia” de Amanda. O objetivo dela é óbvio: poder. Hoje e sempre. Mas parece que sua tentativa de formular uma “razão” ficou um tanto vazia. Ela não acredita que o governo ofereça perdão aos agentes, ou ela diz que não acredita. Ela também diz que vai caçar e matar aqueles que aceitaram tal oferta e convida os que não aceitaram a se juntarem à ela. O que ela acha que a Division é? Um país independente que não tem que prestar contas a ninguém? Inteligente do jeito que é, ela deveria saber que, mesmo que ela consiga se sentar no trono de novo, nada impede que o governo exploda tudo em fração de segundos.

Outra dúvida que tive foi sobre o exército que ela tem agora. Se na Season Finale passada ela terminou sem nem um centavo furado no bolso, de onde saiu dinheiro para soldados, guardas, esconderijos? Isso é certamente algo que a série vai explicar, junto com o desenrolar de mais um namoro fracassado da mulher… O irônico nisso é que ela insiste em dizer que não terminou de lecionar Nikita, enquanto na verdade a aprendiz está se saindo muito melhor que a mestra em todas as áreas (e este todas inclui aquele diamante lindo de noivado, que Amanda nunca ganhou).

Enquanto ela jura que esta temporada será sobre sua superioridade em relação à sua rebelde aprendiz, a gente sabe que vai ser justamente o contrário. Os papéis de quem ensina e quem aprende se inverteram há muito tempo.

Observações:

- Prestem atenção na cena de Michael imobilizando Owen com a arma de choque. Ataque de ciúme masculino é outro nível, minha gente.

- Que awkward o discurso de Alex para o noivado de Nikita e Michael. Pista é que não falta para o descontentamento da moça.

- Nikita volta só dia 30 de novembro. Snif snif.

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