Friends - 2x19 - The One Where Eddie Won't Go
Melhores amigos na saúde, na doença, na riqueza, na pobreza... e nos momentos awkward .

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Melhores amigos na saúde, na doença, na riqueza, na pobreza...
e nos momentos awkward.
Ver Joe defendendo seu grande
papel, por exemplo, foi triste e cômico ao mesmo tempo. Só mesmo na mente dele
que um papel numa novela de 200 anos com 200 personagens era importante. E ele
continuava batendo na tecla: dispensou o teste para “motorista de táxi número
2” e esnobou os conselhos de Ross para arrumar um emprego. Isso tudo enquanto
nem ele mesmo sabia justificar a compra de um zoológico artificial, sem contar
o chapéu “estiloso” que ele achou lá nos anos 50.
Tudo isso só confirma o quanto Joe é o amigo que mais tem
que ser cuidado pelos outros. Desde o início da série, este foi o primeiro
momento em que, de fato, ele teve algum progresso na sua carreira de ator. E,
ao invés de aproveitar para se manter no novo patamar, ele deixou a arrogância
subir à cabeça e causou a própria demissão. Bom mesmo foi o momento em que
Gunther fala para ele que tinha um personagem em “All My Children” e que este
morreu numa avalanche. A cara de “estou na merda” seguida de “estou na merda
como Gunther?” de Joe foi impagável. Pobrezinho.
Já a trama que nomeia este episódio - o sofrimento de
Chandler com o novo colega de quarto - foi uma das mais agoniantes de Friends.
Foi agoniante porque ver Chandler penar na mão de um doido que o assistia
dormir, e ainda se “esquecia” de ter sido mandado embora, foi demais. E o demais é por causa da forma que as
coisas estavam entre ele e Joe. Foi de partir o coração a forma que Joe foi
embora, não foi?
Mas, seguindo o ditado “o feitiço virou contra o
feiticeiro”, os BFFs mais épicos da Terra deram um fim à era Eddie. Foi awesome de ver. O golpe de “nunca te vi
mais gordo” foi tão fantástico quanto o “ontem fomos para Las Vegas e você me
deu um sapato de presente”. Não sei como Chandler se segurou tanto e não
estapeou Eddie com seus surtos psicóticos.
Agora, a reconciliação final dos melhores-amigos-para-sempre
teve aquele “quê” de todas as outras vezes: Joe como o elo mais fraco e
Chandler como o elo mais forte. Entretanto, tem como imaginar um sem o outro?
Quer dizer, a gente até viu como que fica Joe sem Chandler e Chandler sem Joe,
mas foi uma experiência que nenhum dos dois - nem a gente - gostaria de
reviver.
Enquanto isso, as meninas, que não tinham nada para fazer,
arrumaram motivo para surtar. Eis que elas resolvem ler “Be Your Own Windkeeper”
(“Guarde O Seu Próprio Vento”), um livro escrito por alguma feminista louca
(tão ou mais varrida que Phoebe). Nele, como não poderia deixar de ser, são os
homens os culpados de todas as desgraças femininas. E até o pobre do Ross, que
deve ser o homem mais submisso do planeta, leva patada por andar roubando o
vento de Rachel.
São simplesmente maravilhosas as metáforas que elas usam tiram do livro. As perguntas vão desde “Já
deixou uma barreira viva acabar com seu vento?” a “Já traiu uma deusa com outra
barreira viva?”... E as respostas vão desde “Não lembra do ventríloquo? Deixou
que lavasse os pés dentro da sua lagoa interna. E o boneco dele também.” a “Mas
não deixei um cara entrar na minha floresta no primeiro encontro.”.
Além de fazer rir, Friends aproveitou as cabeças malucas de
suas protagonistas para dar um toque (ou um murro) de sarcasmo nos livros de
autoajuda, especialmente aos que se dirigem às mulheres. No caso delas, a
autoajuda fez foi atrapalhar, já que Ross levou patada sem necessidade e as
três damas ainda acharam de brigar entre si. E, se você reparar, não foram
exatamente as barreiras vivas que roubaram o vento delas não, viu. É só olhar o
passado delas que veremos o quão condenadas
elas estão...
P.S.: Monica
suspirando ao espiar Chandler dormir: momento “indício de alma gêmea”.
P.S.2: Rachel dá
bolo para Phoebe e Monica. Quando as três se reconciliam, ela pega o bolo de
volta. Quer algo mais típico de Rachel Green?
P.S.3: E o teste
de Joe para o papel de motorista de táxi? Se para incrementar o vocabulário ele
já precisa de papel higiênico educativo,
imagine se ele vai deduzir as palavras rasuradas no (pobre) papel de fax. Ele
fez o Dr. Drake Ramoray!