As 18 melhores estreias de 2013
Segue abaixo a lista das 18 melhores estreias de 2013 mais anti-PNC das internets.

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Segue abaixo a lista das 18 melhores estreias de 2013 mais anti-PNC das internets.
18. Bates Motel (A&E)
Estreia: 18.03.2013 | Criada por Robert Bloch, Kerry Ehrin, Anthony Cipriano, Carlton Cuse | Texto por José Guilherme
Muito se fala numa crise de originalidade tanto na TV quanto no cinema – usando como justificativa remakes, sequências e afins –, porém há de se convir que nesse ano, o mundo das séries rebateu as críticas mais ferrenhas, ao trazer o que podemos chamar de repaginadas mais do que merecidas (e justificadas) fantasiadas de prequels. Bates Motel, por exemplo, figura na ponta como um dos exemplos mais bem sucedidos. Tendo como idealizadores os showrunners Carlton Cuse, Kerry Ehrin e Anthony Cipriano, sendo o primeiro mais conhecido pelo que de melhor Lost trouxe em seus vindouros anos, a série do pequeno canal A&E remexe com o romance escrito por Robert Bloch e eternizado na sétima arte pelo mestre Alfred Hitchcock, o clássico Psicose.
Na trama, a família Bates ganha o destaque que todos os curiosos pela história do macabro Norman (Freddie Highmore, merecedor de todos os elogios que recebeu) sempre quiseram ver. Porém aqui, é a vibe Twin Peaks o principal mote da série, afinal a pequena cidade de White Pine Bay que abriga o famoso motel é tão misteriosa quanto os seus novos moradores. Logo, a segunda (e maior) força de Bates Motel entra em cena, Vera Farmiga e sua Norma Bates. Hipnotizante e um verdadeiro monstro em cena, a atriz constrói uma das personagens mais carismáticas e curiosas do cenário atual da TV. Assim, com um peculiar senso narrativo e conseguindo muitas vezes captar a essência hitchcockiana do material original, Bates Motel é fácil a escolha mais acertada para ser uma das melhores série de 2013. Um presente aos amantes do gênero.
Na trama, a família Bates ganha o destaque que todos os curiosos pela história do macabro Norman (Freddie Highmore, merecedor de todos os elogios que recebeu) sempre quiseram ver. Porém aqui, é a vibe Twin Peaks o principal mote da série, afinal a pequena cidade de White Pine Bay que abriga o famoso motel é tão misteriosa quanto os seus novos moradores. Logo, a segunda (e maior) força de Bates Motel entra em cena, Vera Farmiga e sua Norma Bates. Hipnotizante e um verdadeiro monstro em cena, a atriz constrói uma das personagens mais carismáticas e curiosas do cenário atual da TV. Assim, com um peculiar senso narrativo e conseguindo muitas vezes captar a essência hitchcockiana do material original, Bates Motel é fácil a escolha mais acertada para ser uma das melhores série de 2013. Um presente aos amantes do gênero.
17. Utopia (Channel 4)
Estreia: 15.01.2013 | Criada por Dennis Kelly | Texto por Celso Landolfi
Entre as melhores estreias de 2013, encontra-se Utopia. A minissérie britânica do Channel 4 conquistou a critica e o público ao apresentar em seus seis primeiros episódios um Thriller de qualidade, superando expectativas e garantindo assim uma segunda temporada. A série conta com um ótimo roteiro que desenvolve sua trama de suspense a cada episódio, explorando personagens e situações raramente vistas em séries americanas.
Utopia conta a história de um grupo de pessoas que se conhece através de um fórum online, onde discutiam sobre um capítulo perdido da Graphic Novel Utopia que poderia esconder segredos que interessam a pessoas poderosas do Governo Britânico. A prova disso está no fato de um psicopata que trabalha para o governo estar matando todos em seu caminho atrás do capítulo perdido de Utopia. Dessa forma, Utopia apresenta uma trama bem amarrada e complexa, favorecida pelo pequeno número de episódios que não permite enrolação. Utopia é uma série bem pensada e com qualidade acima da média, sendo uma das melhores estreias do ano.
16. Rectify (Sundance Channel)
Estreia: 22.04.2013 | Criada por Ray McKinnon | Texto por Arlane Gonçalves
Rectify é uma série minimamente sensível. Ela conta a história de um homem que, depois de 20 anos no corredor da morte, é libertado, mas não inocentado. Um exame de DNA provou que ele não era o autor do estupro da vítima de 16 anos, crime causa de sua condenação.
Enquanto ele tenta se reajustar à sua família, e à hostilidade de sua pequena cidade, somos confrontados com a ideia de inocentá-lo ou não de um crime tão nojento, tão bárbaro, e também com a constante possibilidade de ele voltar para a cadeia. A atuação de Aden Young como Daniel Holden, o Danny, é extremamente expressiva, transparecendo exatamente o comportamento "neurótico" que se espera de uma pessoa que já havia se dado por morta.
Rectify é excelente porque prima pelos detalhes. Ela é bem lenta, reflexiva e filosófica, o que também implica em ela não ser uma série para todo mundo. Ela não pula etapas nem as costumeiras decisões que cercam pessoas como Danny como, por exemplo, a busca pela redenção através da religião. A série foi criada por Ray McKinnon, que já atuou em Sons of Anarchy. A obra foi bastante aclamada pela crítica, e já tem a 2ª temporada confirmada.
15. House of Cards (Netflix)
Estreia: 01.02.2013 | Criada por Beau Willimon | Texto por Arlane Gonçalves
House of Cards mostra a trajetória de um político americano que se vinga do presidente por não tê-lo nomeado Secretário de Estado, como prometido durante a campanha. O interessante é que esta sinopse apresentada pela Netflix parece simples, mas a série vai muito além.
Real ou não, Francis Underwood (Kevin Spacey) não tem limites. Ele não poupa nenhum esforço, racional ou irracional, para atingir seu objetivo. É como se ele estivesse tentando sobreviver em uma selva. O que faz tudo melhor é Claire (Robin Wright), sua esposa. Diferente do que se esperava, ela não é a típica "pedra moral" do marido. Pelo contrário. Ela é como ele e o conhece por inteiro. Não existem segredos nem pecados entre eles. É o casamento ideal para qualquer político.
House of Cards segue pelo caminho do absurdo, ou talvez “absurdo” para o povo, que não conhece o verdadeiro bastidor da política. Francis trilha este caminho devorando seus inimigos e enfrentando as consequências, que inevitavelmente voltam para pegá-lo. Por apresentar uma trama inteligente, a série chamou grande atenção neste 2013, resultando em várias indicações no Emmy e no Globo de Ouro, dentre outras premiações. A Netflix, que não é boba, vai lançar a 2ª temporada em 14 de fevereiro do ano que vem. Mais cabeças vão rolar e mais sangue vai jorrar neste perigoso jogo.
14. Les Revenants (Canal+) / The Returned (Sundance Channel)
Estreia: 31.10.2013 | Criada por Fabrice Gobert | Texto por Marco AurélioLes Revenants é uma série francesa exibida no final de 2012, mas que só se popularizou e foi exibida nos EUA, com o nome de The Returned, em 2013, depois das excelentes respostas de público e crítica francesas. Ela trata a temática de mortos que voltaram à vida sob uma perspectiva diferente das usuais séries de zumbis, e é centrada em seus magníficos personagens. É uma série dramática movida a mistérios. Vários mistérios. Daqueles que te deixam acordado elaborando mil teorias e que estimulam a engolir os episódios em busca de respostas. Afinal, conhecemos os fenômenos, porém não sabemos dos seus motivos e consequências.
Adotando nuances sombrias e uma fotografia que gera um clima sinistro e ao mesmo tempo envolvente, Les Revenants é perita em bons diálogos que expressam os sentimentos dos personagens, os quais dificilmente deixariam de invocar simpatia ou compaixão nos espectadores. Trata-se de uma produção com uma incomum sensibilidade no roteiro, construída sem pressa. Isso tudo é raro nos dias de hoje, fazendo da série uma das melhores estreias do ano.
13. The Americans (FX)
The Americans foi a boa novidade da FX neste ano, que logo renovou a série, cuja 2ª temporada começa em 26 de fevereiro. Ela conta a história de uma dupla de agentes da KGB, agência russa de espionagem, que são enviados para solo americano disfarçados de recém-casados, na época da Guerra Fria. Eles têm filhos "de verdade", e se comportam como se realmente tivessem nascido lá, com direito até a cantar o hino nacional com um patriotismo de dar água nos olhos.
Matthew Rhys já começou me surpreendendo porque a única imagem que eu tinha dele era a de Kevin Walker (Brothers & Sisters). Como o espião, ele age naturalmente, sem aquela aura de mal ou poderoso. Sua atuação flui e condiz com o lado do personagem que gostaria que toda a encenação fosse a sua realidade. Keri Russell se livra do tarja de fofa com sua Elizabeth Jennings. Ela é mais durona que o marido, e demora muito mais a ceder à fantasia. Aliás, ela chega perto de entregar as verdadeiras vontades de Phillip Jennings aos superiores, mas acaba se rendendo à cumplicidade e confiança entre eles.
Conforme a temporada evolui, esta cumplicidade vai aumentando e os dois vão se unindo para enfrentar as desconfianças da cúpula da KGB, e burlar a vigilância do vizinho Stan Beeman (Noah Emmerich), um agente do FBI especializado em "detectar" russos disfarçados de americanos. A coisa mais interessante em The Americans é o seu contraste ao mostrar um doce pai e uma doce mãe assassinando brutalmente para ganhar a vida, e escondendo suas verdadeiras identidades dos filhos. Até onde eles poderão carregar essa farsa? Até quando eles vão querer carregar essa farsa? Eles vão conseguir sair dessa farsa?
12. Reign (CW)
Estreia: 17.10.2013 | Criada por Stephanie Sengupta, Laurie McCarthy | Texto por Marco AurélioCW fazendo série de época? Sim, eu sei, é estranho. Reign conta a história de Mary Stuart, Rainha da Escócia, sem qualquer pretensão de ser fiel à história ou ao contexto histórico. Uns podem dizer que é o resultado da experiência de levar Gossip Girl para o período medieval, ou que é uma tentativa de reimplementar o que deu certo em The Vampire Diaries. Mas sabe de uma coisa? Isso não importa. Reign funcionou.
E funcionou maravilhosamente bem. Porque ela conta com personagens simpáticos, uma trilha sonora inigualável e tramas envolventes. O resultado é uma história apaixonante e viciante com várias reviravoltas e desenvolvimento ágil. E tem para todo mundo. Tem pegada política, tem teor de fantasia, tem mistérios, tem romance (shippers, estou falando com vocês!) e tem até umas doses de ação. Se um dos atributos não é empolgante naquele momento, tem outros dez te chamando, te seduzindo. Assim a série vai ganhando espaço, crescendo, surpreendendo... Até chegar nos últimos episódios do ano comprovando que arrisca quando tem oportunidade e que, embora o desfecho da história seja conhecido – caso ela acompanhe os rumos da história -, não temos a mínima ideia de qual será sua trajetória.
Cada episódio é delicioso, divertido. E Reign faz tudo isso mesmo com o selo de série adolescente. Um amor em forma de série.
11. Hannibal (NBC)
Estreia: 04.04.2013 | Criada por Bryan Fuller | Texto por José GuilhermeProcedurais investigativos já possuem uma estrutura narrativa tão manjada e arraigada no imaginário de quem é aficcionado por séries, que é mais do que um presente quando ganhamos um exemplar que em suma parece compartilhar dos mesmos tiques narrativos do gênero mencionado, porém consegue ser mais do que isto ao imprimir uma originalidade visual, sustentada por atuações acima da média. Todos estes elogios são para reafirmar a importância que a versão televisiva de Hannibal – sim, o mesmo psicopata criado pelo autor Thomas Harris – teve para o mundo das séries neste ano. Idealizada por Bryan Fuller (Dead Like Me e Pushing Daisies) e tendo na direção nomes como David Slade e Guillermo Navarro, a produção da NBC foi uma grata surpresa, por que até pouco antes da sua estreia a incerteza sobre a nova empreitada foi cercada de receios, afinal o próprio Michael Mann já havia levado o universo de Thomas Harris para as telas, e se igualar a isto já seria um feito e tanto.
Adaptando livremente o texto de Harris, como uma espécie de prequel para o livro Dragão Vermelho, Hannibal narra a trajetória do profiler Will Graham e sua peculiar capacidade de empatizar com mentes assassinas, recriando minuciosamente cenários de crimes violentos. O retorno dele a cadeira de agente especial do FBI leva a um encontro com o psiquiatra Hannibal Lecter e a partir desta “parceria” um sombrio universo onde realidade e psicopatia parecem se unir, passa a puxar Will mais e mais para um caminho sem volta. É aqui que os nomes dos atores Hugh Dancy e Mads Mikkelsen (Will e Hannibal respectivamente), fazem a diferença. Os astros recriam duas personas tão emblemáticas e hipnotizantes, que é impossível não se sentir sufocado pelos constantes mindgames travados entre os dois. Quem também se destaca é Laurence Fishburne como Jack Crawford, e a participação mais do que especial de Eddie Izzard, dando vida ao assustador Abel Gideon.
Construindo magistralmente uma primeira temporada de arcos fechados e recebendo um tratamento semelhante aquele que geralmente é entregue por séries da TV a cabo, Hannibal é um adendo todo especial a origem de um personagem que mexe com o imaginário do público, desde que Anthony Hopkins o imortalizou em O Silêncio dos Inocentes. O importante aqui, é que em nenhum momento os envolvidos se sentiram intimidados pela bagagem que teriam de sustentar, nos entregando assim um verdadeiro marco contemporâneo. Sensacional.
10. Orange is the New Black (Netflix)
Estreia: 11.06.2013 | Criada por Jenji Kohan | Texto por Henrique Haddefinir
Se o título da série nos remete a uma expressão muito correlacionada ao mundo da moda, isso não é coincidência. A expressão fala da efemeridade fashion, sempre reciclando tendências num ritmo histérico, numa manifestação quase sobrenatural das ideias. Embora Orange is the new Black não fale de moda, ela não deixa de se apoiar em duas fundações básicas e complementares: as mulheres e, como já disse, as tendências.
A série original do Netflix tem um vasto elenco feminino, mas as personagens que o compõem estão longe do que se espera de uma série girlie, por exemplo. A protagonista, Piper, foi presa por transportar dinheiro sujo para a namorada Alex. Daí se entende bem os caminhos por onde o programa pretende seguir. Condenada a quinze meses de cadeia, Piper, uma moça branca de classe média, se vê jogada num universo bem diferente do seu, regado a tensão, violência e desesperança. Não importa se ela vai ficar por pouco tempo ali, porque no fim das contas não são necessários muitos dias para se deixar influenciar pelas tendências.
Orange is the new Black é ambiciosa... E se estamos falando de tendência, vale lembrar que a dramaturgia não se priva de seguir a moda, dividindo-se entre a vida na prisão e os flashbacks (eles, sempre eles) que nos explicam como chegamos até aqui. O diferencial (ele, sempre ele) é a forma como a criadora Jenji Kohan justifica aquelas detentas, se apoiando em ótimas atrizes e num texto que desliza o tempo todo entre o humor e a ironia. Essa não é uma série sobre o sofrimento na prisão - mesmo que ele esteja lá - mas sim sobre a simples rotina, que envolve todo tipo de injustiça, mas também todo o tipo de otimismo acidental.
Ajuda saber que a série foi baseada numa história real e que as mulheres que a estrelam, funcionam perfeitamente sozinhas, sem que suas tramas precisem ser subjugadas a nenhuma figura masculina. Ainda estamos diante do machismo, mas ao menos sob novas perspectivas, já que os relacionamentos homossexuais são um ponto forte do show. Orange is the new Black é capaz de conquistar praticamente todo tipo de público principalmente porque se apoia na boa e velha trama da superação. Mesmo muito diferente de todas as “colegas”, a chegada de Piper, irremediavelmente, vai atingir a vida de todas elas. E quem é capaz de resistir ao delicioso jogo de amores e amizades surgidos da adversidade e do sofrimento? Bom, eu não fui...
Please Like Me é australiana, e foi criada e estrelada pelo ator e comediante Josh Thomas, que interpreta um personagem de mesmo nome. Ele trabalhou desenvolvendo a série por 4 anos junto com o produtor Todd Abbott. PLM trata da vida e da descoberta da sexualidade do protagonista: enquanto ele tenta lidar com a mãe depressiva, ele também "percebe" que é gay e precisa desenvolver sua auto-aceitação.
Incrivelmente, a série não perde tempo com a "negação" da família, o que faz tudo mais gostoso e lindo de assistir. A tia de Josh é a única que inicialmente expressa seus pensamentos homofóbicos, mas logo vemos a boa senhora dominada pelo amor gritando dentro de uma igreja sobre o quanto seu sobrinho é incrível e maravilhoso. O que amei em Please Like Me é o fato de ela ser tão intimista e realista. Nada é tão perfeito nem redondinho nela. Todos os personagens têm seus bons e maus momentos, suas vitórias e seus fracassos. A série não se pauta num final feliz. Ela realmente visa mostrar o que pode acontecer com qualquer um de nós.
Josh e Todd tiveram dificuldades na hora de encontrar um canal para Please Like Me. Foram acusados de fazerem uma série "gay demais". Ironicamente, 6 meses depois do canal ABC2 exibir os seis deliciosos episódios, a ABC1, que fez a declaração acima, exibiu a 1ª temporada também. Pagou língua bonito.
9. Please Like Me (ABC2)
Estreia: 28.02.2013 | Criada por Josh Thomas | Texto por Arlane GonçalvesPlease Like Me é australiana, e foi criada e estrelada pelo ator e comediante Josh Thomas, que interpreta um personagem de mesmo nome. Ele trabalhou desenvolvendo a série por 4 anos junto com o produtor Todd Abbott. PLM trata da vida e da descoberta da sexualidade do protagonista: enquanto ele tenta lidar com a mãe depressiva, ele também "percebe" que é gay e precisa desenvolver sua auto-aceitação.
Incrivelmente, a série não perde tempo com a "negação" da família, o que faz tudo mais gostoso e lindo de assistir. A tia de Josh é a única que inicialmente expressa seus pensamentos homofóbicos, mas logo vemos a boa senhora dominada pelo amor gritando dentro de uma igreja sobre o quanto seu sobrinho é incrível e maravilhoso. O que amei em Please Like Me é o fato de ela ser tão intimista e realista. Nada é tão perfeito nem redondinho nela. Todos os personagens têm seus bons e maus momentos, suas vitórias e seus fracassos. A série não se pauta num final feliz. Ela realmente visa mostrar o que pode acontecer com qualquer um de nós.
Josh e Todd tiveram dificuldades na hora de encontrar um canal para Please Like Me. Foram acusados de fazerem uma série "gay demais". Ironicamente, 6 meses depois do canal ABC2 exibir os seis deliciosos episódios, a ABC1, que fez a declaração acima, exibiu a 1ª temporada também. Pagou língua bonito.
8. The Tomorrow People (CW)
Estreia: 09.10.2013 | Criada por Greg Berlanti, Phil Klemmer, Julie Plec, Roger Price | Texto por Arlane Gonçalves
The Tomorrow People é o novo projeto de Julia Plec, a mesma que andou destruindo The Vampire Diaries. Justamente por esse motivo, já fiquei de cara fechada pra TTP, porque como pode essa doida fazer algo que presta, certo? Errado.
Tomorrow é excelente e dá conta de tudo o que se propõe a fazer. Ela ainda se atém aos vícios de qualquer série adolescente, como ter um triângulo (ou quadrângulo) amoroso, por exemplo. Mas sua mitologia supera tudo isso, e por incrível que pareça, seus episódios são ágeis e cheios de ação, e seu elenco é todo ótimo, composto tanto por gente nova como por caras (adultas) bem conhecidas na TV. Não tem essa do protagonista ser fraco e ter sido escolhido para o papel só pela beleza. Robbie Amell dá conta do recado.
Adorei a trama de super poderes e super heróis, e da ideia de um "escolhido" que vai liderar a galera. O plot não é novo, claro, mas deu certinho aqui. O vilão, interpretado por Mark Pellegrino (que amo de paixão por Supernatural e Lost), logo se revela não tão vilão assim, o que abre uma brecha para a redenção do personagem. O que é perfeito, já que um ator de peso como ele realmente não pode ter o prazo de validade de um vilão.
A série me surpreendeu e foi uma das estreias que mais gostei da Fall. Temo pelo seu futuro porque pode ser que dê a louca na dona Julinha e ela ferre com tudo de novo. Mas, enquanto isso não acontece, e eu torço para que nunca aconteça, The Tomorrow People segue lindamente como uma das melhores estreias de 2013.
7. My Mad Fat Diary (E4)
Estreia: 14.01.2013 | Escrita por Tom Bidwell | Texto por Arlane Gonçalves
Ouvi falar muito de My Mad Fat Diary antes de assistir. Não imaginava que ela seria tão intimista e teria tanto a ver comigo. Ela é uma série inglesa, adaptada do livro My Fat, Mad Teenage Diary, que é nada mais do que a compilação dos diários da escritora Rae Earl. Portanto, como é baseada na vida real de uma adolescente dos anos 90, que não se encaixava em nada dos (malditos) padrões sociais, a série é toda realista. Em praticamente todos os acontecimentos dela, é possível se reconhecer nas ações e inseguranças de Rae.
Talvez seja por isso que MMFD alcançou prestígio entre o público. Sendo uma obra intimista, assim como Please Like Me, citada acima, é fácil para o telespectador se enxergar na tela e ver como alguém como ele supera os obstáculos do cotidiano. Mais do que superar, no entanto, Rae Earl tenta ir além do que suas "limitações" a permitem, e o que acabamos assistindo é a trajetória de uma lutadora, que passa por uma fase negra, mas decide erguer a cabeça e enfrentar seus medos de frente.
Pode parecer clichê, mas Diary é pura. É o relato nu e cru de uma vida. A 1ª temporada tem 6 episódios, no estilo britânico curto de ser, e já está renovada para a 2ª temporada, programada para fevereiro de 2014.
Talvez seja por isso que MMFD alcançou prestígio entre o público. Sendo uma obra intimista, assim como Please Like Me, citada acima, é fácil para o telespectador se enxergar na tela e ver como alguém como ele supera os obstáculos do cotidiano. Mais do que superar, no entanto, Rae Earl tenta ir além do que suas "limitações" a permitem, e o que acabamos assistindo é a trajetória de uma lutadora, que passa por uma fase negra, mas decide erguer a cabeça e enfrentar seus medos de frente.
Pode parecer clichê, mas Diary é pura. É o relato nu e cru de uma vida. A 1ª temporada tem 6 episódios, no estilo britânico curto de ser, e já está renovada para a 2ª temporada, programada para fevereiro de 2014.
6. Da Vinci's Demons (Starz)
Estreia: 12.04.2013 | Criada por David S. Goyer | Texto por Arlane Gonçalves
Enquanto Da Vinci’s Demons era exibida eu não assisti os episódios. Eu os engoli. Que história curiosa, que jeito criativo de contar a história de um dos mais homens mais inteligentes da história. Quando comecei a assistir nem imaginava que iam levar a realidade a este patamar de absurdez. Pois levaram. E o fizeram muito tem.
Neste universo somos presenteados com um protagonista que é um Sherlock com os instrumentos e as limitações da época de Leonardo Da Vinci. A combinação parece estranha a princípio, mas coube muito bem no cenário de pré-guerra e misticismo onde é ambientada. O lema da série é mostrar “um tempo da história em que pensamento e fé eram controlados... enquanto um homem luta para libertar o conhecimento”. O papel de Leonardo, aos 25 anos, é “inventar o futuro” através de suas armas de guerra, e "ser o futuro" ao ser envolvido na busca do “Book of Leaves”, a parte mágica da série que se aproveita de artefatos de várias crenças.
Outra característica que me atraiu bastante é a personalidade de Leonardo. Ele é um homem completamente livre de amarras políticas, ideológicas e sexuais. É perfeito o momento em que ele diz “no one defines me”. E é nesse arranjo que também segue a série, que apresenta com maestria a versão da história coberta de fantasia. Simplesmente uma das coisas mais deliciosas e criativas deste ano.
5. Banshee (Cinemax)
Estreia: 11.01.2013 | Criada por Jonathan Tropper, David Schickler | Texto por Arlane Gonçalves
Banshee é uma das coisas mais estranhas que já vi. Uma cidade sombria, popularizada por gente sombria, de passados e presentes sombrios. E nesta cidade chega um homem que passou seus últimos 15 anos na prisão. Ele entra num bar, um assalto e uma briga ocorrem, e três homens morrem no processo. Um dos mortos era o recém-chegado xerife, identidade que o ex-prisioneiro toma para si. A partir daí, ele é Lucas Hood. E a loucura toma conta da pacata Banshee.
Fazem parte dessa história a mulher da vida do protagonista, o grande mafioso da região, e o chefe do qual ele roubou diamantes, roubo que causou sua prisão. E mais as mulheres da cidade, que parecem achar que Lucas é feito de mel... Mas o que me atraiu nessa história é a ode à violência que ela presta em cada episódio. Banshee não poupa sangue, osso quebrado, carne rasgada. A violência é crua e incrivelmente realista.
Além disso, este é o novo projeto de Alan Ball, ex-True Blood. A diferença é que aqui a violência que ele tanto gosta de mostrar é causada e infligida em humanos, com uma história muito mais profunda do que naquele contexto vampiresco. Banshee é daquelas séries de assistir suando, com o coração acelerado. Não só pela violência, mas também pela sua estranha trama, que gosta de cruzar caminhos inusitados. É um estranho bom. É um estranho que surpreende e vicia.
4. Chosen (Crackle)
Estreia: 17 de janeiro de 2013 | Criada por Ben Ketai, Ryan Lewis | Texto por Arlane Gonçalves
Ch:os:en é uma série de ação estrelada por Milo Ventimiglia (Gilmore Girls, Heroes). Ele interpreta Ian Mitchell, um advogado que vive uma vida pacata dividida entre o trabalho e a guarda compartilhada da filha. Até que um dia alguém deixa uma caixa na sua porta. A caixa contém a foto de um desconhecido e um revólver, e a partir daí vemos Ian ser obrigado a participar de um jogo onde ele mata ou vê sua família morrer.
O excepcional da série, cujo plot não é necessariamente novo, é ver Ian lutando contra o imposto e contra todo o universo, que parece fazer parte do jogo. De todas as formas, ele e outros jogadores que ele encontra pelo caminho, tentam achar um jeito de burlar essa loucura absurda. Mas o jogo é rápido, não há muito tempo para jogador que não quer puxar o gatilho. Então, da noite para o dia, pais e mães de família se tornam homicidas desesperados pela sobrevivência, cometendo os crimes mais bárbaros em nome da vida. Porém, o jogo vai muito além em termos que nem imaginamos. Fora que ora você pode ter um alvo, ora você pode ser um alvo.
A Crackle liberou os 6 episódios da 1ª temporada em janeiro deste ano e não ousou em perder tempo. Renovou Ch:os:en em 25 de março, e liberou os 6 episódios da 2ª temporada agora em dezembro. Sim, duas temporadas em em ano. Cada episódio tem 20 minutos de duração e é um misto perfeito de ação e desespero do começo ao fim. Não dá muito tempo de respirar.
O excepcional da série, cujo plot não é necessariamente novo, é ver Ian lutando contra o imposto e contra todo o universo, que parece fazer parte do jogo. De todas as formas, ele e outros jogadores que ele encontra pelo caminho, tentam achar um jeito de burlar essa loucura absurda. Mas o jogo é rápido, não há muito tempo para jogador que não quer puxar o gatilho. Então, da noite para o dia, pais e mães de família se tornam homicidas desesperados pela sobrevivência, cometendo os crimes mais bárbaros em nome da vida. Porém, o jogo vai muito além em termos que nem imaginamos. Fora que ora você pode ter um alvo, ora você pode ser um alvo.
A Crackle liberou os 6 episódios da 1ª temporada em janeiro deste ano e não ousou em perder tempo. Renovou Ch:os:en em 25 de março, e liberou os 6 episódios da 2ª temporada agora em dezembro. Sim, duas temporadas em em ano. Cada episódio tem 20 minutos de duração e é um misto perfeito de ação e desespero do começo ao fim. Não dá muito tempo de respirar.
3. Brooklyn Nine Nine (NBC)
Estreia: 17.09.2013 | Criada por Daniel J. Goor, Michael Schur | Texto por Arlane GonçalvesAcompanho o trabalho de Andy Samberg há um tempo, e acho genial o sarcasmo de The Lonely Island, a banda/grupo de comédia que ele integra junto com Akiva Schaffer e Jorma Taccone. Mas confesso que só fui “notar” que ele era o protagonista de Brooklyn Nine Nine momentos antes de ver o piloto. E qual não foi a minha surpresa.
Não só a comédia é realmente engraçada, como Andy está perfeito no papel. Tem muita comédia por aí. Umas não fazem rir, outras com um ponto de vista a provar. Brooklyn Nine Nine é extraordinária porque não tem nada disso. Ela não quer provar nada, só quer fazer rir. É uma zona situada no cenário de muita série que se leva a sério, num contexto procedural que geralmente é recheado de sangue e “peso” nas cenas. Mas Brooklyn não está nem aí.
É uma série policial de comédia, que brinca com o fato de ser policial e com todos os elementos que compõem este universo na televisão. O detetive fodão está lá, o par romântico que ele tanto almeja também, o chefe que ele sempre tenta agradar, e todos os colegas de “personalidades únicas” que devem girar em torno dele, mas nunca serem melhores do que ele. A falta de pretensão é o maior trunfo da estreia, e o que faz dela leve, gostosa de assistir. Eu não esperava que Brooklyn fosse tão legal, e olha que por pouco nem dei uma chance à ela. Ainda bem que fiz diferente.
2. Masters of Sex (Showtime)
Estreia: 29.09.2013 | Criada por Michelle Ashford | Texto por Alynne CarvalhoHá alguns meses tinha início uma das séries mais apaixonantes e envolventes já vistas. Com um tema que poderia ser tratado com leveza e sem tanto compromisso, o “sexo” em Masters of Sex – exposto com doses certeiras e profundas de um drama pontual – garantiu uma das maiores surpresas que jamais poderíamos imaginar. Com uma produção espetacular e caprichada, unida a um elenco de estrelas encabeçado pelo excelente Michael Sheen junto a belíssima Lizzy Caplan, Masters of Sex é garantia de um entretenimento bem trabalhado e de qualidade.
A história gira em torno de William Masters (Sheen), médico e pesquisador pioneiro no estudo sobre a fisiologia sexual humana, tema que guia a série. Mas nada disso seria possível sem a ajuda de Virginia Johnson (Caplan), uma mulher forte e determinada que se entrega completamente ao propósito de desvendar os maiores mistérios sobre o assunto em meados dos difíceis anos de 1950. A cada nova descoberta, um novo mundo de possibilidades é aberto, e Masters of Sex engata numa crescente sem limites. Encantadora e surpreendente esta é, sem dúvida, uma das maiores e melhores séries não só de 2013, mas dos últimos anos.
1. Orphan Black (BBC America)
Estreia: 30.03.2013 | Criada por Graeme Manson, John Fawcett | Texto por Arlane GonçalvesComecei a ver Orfã Afrodescendente por puro tédio. Entrei no site de legendas, peguei a que tinha a capa mais esquisita (Orphan tinha aquele monte de cara da Maslany colada uma na outra), e fui assistir. Ah, que tédio bem aventurado, viu.
A trama da série já ganha pontos por ser algo "fresco" na atualidade da televisão. Ela é cheia de mistérios, daqueles que te fazem ficar roendo as unhas pelos rumos dos episódios, e prima pela rapidez, algo que valoriza demais uma história. Tatiana Maslany dispensa comentários ao interpretar tantas mulheres diferentes, umas mais parecidas, outras tão distintas. É difícil imaginar outra atriz sendo responsável por estes papéis. O que mais me impressiona na atuação dela é que, além das visíveis características que diferem cada clone, a atriz inseriu trejeitos, gestos para compor cada um. É só olhar, por exemplo, a cara louca-neurótica de Alison e a calma infinita de Cosima. E isso é só um dos detalhes. É pra aplaudir de pé.
Em relação ao enredo, Orphan Black não podia ser mais feliz. Minha impressão é de que vimos apenas a ponta do iceberg nesta primeira temporada. Vários plots, incluindo o fato de Mrs. S fazer parte da conspiração, foram mostrados apenas de lampejo, deixando uma infinidade de possibilidades em aberto. Ou seja, Orfã Afrodescentende é boa, e é uma boa que pode ficar por muito tempo. Ela tem vários causos para contar e fôlego de vida para algumas boas temporadas.
***
Meus agradecimentos para os ilustres convidados que colaboraram com
As 18 melhores estreias de 2013:
Alynne Carvalho - @Alynne_Carvalho - Loggado
Celso Landolfi - @CelsoLandolfi - Loggado
Henrique Haddefinir - @Haddefinir - Série Maníacos
José Guilherme - @guigas_marques - Loggado
Celso Landolfi - @CelsoLandolfi - Loggado
Henrique Haddefinir - @Haddefinir - Série Maníacos
José Guilherme - @guigas_marques - Loggado
Marco Aurélio Agnese - Loggado
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Retrospectiva 2013
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* As 10 piores séries de 2013
* As 13 melhores séries de 2013
* 5 coisas ruins de 2013
* 5 coisas estranhas de 2013
* 5 coisas boas de 2013
Que coisa linda ver Bates Motel e Da Vinci's Demons nessa lista! Duas das minhas favoritas desse ano. ^^
ResponderExcluirAbraço!
ExcluirAmei Da Vinci's Demons de paixão!
E acho que você é a primeira pessoa que vejo ter gostado também rs
Bom saber que alguém concorda comigo :smile:
Obrigada pelas informaçoes.. as 10 piores voce acertou mesmo.. as melhores.. estou baixando algumas seguindo sua dica..sua fã incondicional daqui em diante..
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ExcluirOpa, ymara. Muito bom saber que você gostou!
Depois que ver as estreias que você está baixando, volte aqui e conte pra gente o que achou delas :smile:
Valeu DEMAIS pelo carinho e pelo comentário :shy:
E boa semana pra você!
Reig - baixei e assisti os 8 episodios e amei!!!! agora estou baixando Da Vinci ansiosa.. vou amar com certeza... legal vc postar aqui o que tem de bom e o que tem de porcaria, porque olha.. ta dificil a vida de quem é doido por series.. se eu baixo e começo ver.. tenho dificuldade de largar mesmo que seja uma bomba shuashuashuashuashua.. beijocas.. vou entrar sempre e colocar minhas impressoes das tuas dicas.. bjokas!!! to baixando filmes tb.. entao .. ta corrido rsrsrs..
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ExcluirOpa, opa, opa :smile:
Reign eu não assisto, mas de tanto ouvir falar que ela é boa coloquei-a na lista. Tem mais uma pro fã-clube dela então, que só está crescendo! rs.
Da Vinci é maravilhosa. Vi e recomendo demais!
Beijocas e boa sorte do restante :noprob:
Estou surpreso com a citação a TheTomorrow People. Adoro sci-fi, mas essa série é tão... pobre, fraquinha... li em outro texto críticas tão convictas a Teen Wolf, mas esta é mil vezes pior.
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ExcluirAhaha é... eu mesmo que escrevi os dois textos. :noprob:
Mas, confesso, sei que minha paixão por Tomorrow tem prazo de validade. É regra a CW estragar suas séries logo que ela dá um jeito.
Mesmo assim, não pude deixar de colocá-la aqui. Gostei pra valer e precisei de aproveitar o "bom momento" :shy: