True Blood - 4x06/07 - I Wish I Was the Moon / Cold Grey Light of Dawn
“Diga pra ela que eu nasci no dia que ela me encontrou.”

https://testeinspiration.blogspot.com/2011/08/true-blood-4x0607-i-wish-i-was-moon.html
Mesmo vendo a consumação do relacionamento Eric-Sookie, “I wish I was the moon” foi sobre Bill. O título e mesmo a música-tema deste episódio transparecem o estado de espírito do Rei.
“Estou tão cansado
Eu queria ser a lua esta noite
Noite passada eu sonhei que tinha esquecido o meu nome
Porque eu tinha vendido minha alma, mas eu acordei o mesmo
Eu estou tão solitário
Eu queria ser a lua esta noite”
Bill não é simplesmente Bill mais. E unicamente pelas decisões que ele tomou durante a vida. Ao se filiar a AVL, se infiltrar na monarquia e ao se tornar Rei ele deixou de ser um homem e se tornou uma entidade. Nada é simples mais, nem amar Sookie. Ele teve ordens para conhecê-la, daí começou a amá-la e depois quando foi descoberto, nada pôde fazer: a verdade é uma só. Como não ficar cansado?
Como não ficar cansado quando sua vida não te pertence? Como não se sentir solitário quando suas mãos estão atadas? E como não agir impulsivamente quando seu limite de “suportação” é ultrapassado? É isso que aconteceu quando Bill flagrou Eric e Sookie. É óbvio que ele agiu em nome do seu orgulho ferido. Não dava pra acreditar no que estava diante de seus olhos: a mulher que tanto ama junto com o homem que ontem era um grande perigo pra ela. Perigo do qual ele a protegeu! E como a protegeu! Desde a primeira vez que Eric pôs os olhos em Sookie Bill repete: She’s mine. Bom, agora ele não pode fazer isso. Ela não é dele, é do Eric.
Não há homem que não se destrua depois dessa.
Todavia... vamos concordar. Eric dando uma surra em Bill foi bom demais. Desde a descoberta das verdadeiras intenções do Rei com Sookie a gente espera que alguém desse uma lição em Bill. E como foi legal ver a cena de Eric dominá-lo e quase enfiar uma estaca nele. Apesar de que, depois dessa, o prejudicado foi o loiro. Se Bill é rei, merece respeito, e respeito não inclui uma estaca no coração, ora! Aí o chefe manda prender o súdito em prata. Completamente esperado.
Sookie gritando pra Bill deixar Eric em paz. Ah. Nem como homem nem como rei dá pra fazer isso. Como homem: orgulho ferido. Como rei: Eric está enfeitiçado, logo, é perigo para os demais vampiros. Justificativa forçada? Nem tanto. Não dava pra saber a natureza do feitiço que estava nele, então deixa-lo livre realmente não era uma alternativa.
Agora, se o Rei se aproveitou disso... é outra história. Mais daí sugerir a verdadeira morte... não era pra tanto. Só que até aqui nós pensamos apenas no homem e no Rei. Esquecemos do amigo. É, amigo. Quem soltou Eric foi o amigo. Quem mais seria? Quem pensaria na felicidade da Sookie sobre todas as outras variáveis, quem pensaria no novo Eric sobre o antigo vilão? Certamente um Bill racional não é a resposta para essas perguntas.
É claro que o titio Alan colocou essa situação na série pra deixar a gente nervoso. Ou alguém pensou mesmo que Eric iria morrer? Difícil. Tirar o atual protagonista bem no auge de seu destaque nem é tópico pra cogitação. Mais serviu demais para mostrar que apesar de entidade, Bill ainda consegue pensar humanamente. E a gente adorou isso.
Sookie então decidiu que depois de tudo (uma quase morte é tudo, né?), essa era uma ótima hora de realizar seus mais profundos desejos. Ah, gente. Há quanto tempo esperamos por isso? Titio Ball foi bonzinho e nos deu em dose dupla: sessão de amor em dois episódios seguidos!
4x07 - Cold Gray Light of Down
“Vampiros não são imortais. São apenas mais difíceis de matar.”
“Cold Gray Light of Down” já mudou completamente o repertório. Romance aqui já era. A história esquentou engatando a temporada. Vamos dizer juntos: Graças a Deus!
Antonia Gavilán de Logronõ. Poderosa necromante. Enfim conhecemos a vilã. E enfim ela entrou de vez no corpo de Marnie. Alguém supôs que ela tem desejo de vingança? Desejo de vingança é pouco.
Porque vingança ela já teve. Quando ela estava na fogueira seu feitiço fez os vampiros da cidade de Legronõ saírem ao sol e morrerem tostados. Os mesmos vampiros que a levaram para a morte. Aí estava a vingança dela. O vampiro que a estuprou, no entanto, conseguiu escapar do feitiço. Agora, ela o escravizou e causou sua morte. Deveria estar satisfeita, não? Mais o que esperar de uma raiva embebedada com bruxaria por 400 anos? Uma verdadeira fúria. Fúria que condena uma raça inteira pela ação de poucos.
Fúria que se encontra em Tara também. Não dá pra subestimar tudo o que essa moça passou. Quem vê TB sempre reclama que ela vive chorando pelos cantos. Mais o plot dela não é dos mais agradáveis, né? Sequestro, estupro, e uma quase transformação em vampira, traumatizam até uma alma de ferro.
E escreve na cara de quem sofreu todo o ódio pela vida.
Tara não consegue escapar da sina vampiresca. Muda de cidade, de nome, de sexualidade e ainda não é suficiente. O jeito é deixar todas as vidas para trás e se juntar à Marnie na luta contra os vampiros. As duas sofreram demais por causa deles. Apesar de Bill dizer a verdade de que morte não se paga com morte, ele também não errou ao afirmar que os vampiros sempre privilegiaram seus instintos assassinos sem considerar que os humanos um dia retaliariam. Não é difícil para um vampiro pensar assim. Sua suposta imortalidade diante de quem ainda está vivo dá uma ideia de poder e superioridade. Mais esse é um grande engano. Eles não são imortais, são apenas mais difíceis de matar.
Sendo assim, reunir um grupo humano para entrar nesta guerra não foi uma tarefa difícil. A decisão inteligente de Bill de acorrentar seus súditos e ele mesmo com prata também chegou bem na hora. Então vamos lá, é guerra: correntes de prata no corpo, bruxa excitada, feitiço lançado. Vampiros loucos pelo sol.
O sol, o sol, o sol.
É um desejo fora do comum. Um ávido desejo pela verdadeira morte. Mesmo sendo tão poderosos, eles se tornam fantoches do feitiço da necromante, e perdem o controle sobre seus próprios corpos.
Jessica.
A mais doce vampira conseguiu escapar das correntes. Não há doçura que se sustente aqui.
Eric.
Ainda bem que as correntes de prata conseguem deter uma força de 1.000 anos de idade. Porque ele realmente não se importa em morrer.
Bill.
Até o mais racional dos vampiros se rende ao feitiço. Não tem jeito. É forte demais. Mais forte do que a noção da realidade, mesmo que a realidade seja a morte certa de sua filha.
E quem é que se lembra da ingênua Marnie do início da temporada? Pois é. A ambição dela trouxe Antonia de volta ao mundo dos vivos. No que isso vai dar? Só domingo que vem saberemos...
4x06 - I wish I was the moon plus 4x07 - Cold Gray Light of Down
"Qual é a sensação de ter sua vida tirada de você?"
Gente, vamos falar da Pam. Perder a beleza (e virar um banquete de urubu ambulante) já é um golpe baixíssimo, mas daí perder o criador também... é demais. Ela está literalmente sozinha. Seu par de longos e longos anos nem se lembra do nome dela. Tentar se vingar de quem estava na roda do feitiço da feiura também não deu certo. O que sobrou pra ela? Uma injeção em cada nádega, uma em cada braço, uma em cada têmpora. Seis injeções, quatro vezes ao dia. Para sempre! Pobre Pam.
A casa de Arlene e Terry explodiu (não que eu esteja comemorando). Mais o maldito bebê já estava passeando lá fora! Dá pra acreditar nisso? Primeiro eu pensei: ele saiu e carregou a boneca ou a boneca saiu carregando ele. Já ia chamar Alan de louco. Só que nosso titio (que é muito esperto) pôs a câmara na bruxa (?) causadora de toda a confusão. O espírito estava bem lá pertinho de tudo só observando a casa em cinzas. De onde ela saiu e por que ela resolveu cair de amor pelo bebezinho (viram ela se auto chamando de mãe dele na frente do Lafa?) é conto pra outra hora.
Falando em Lafa, que droga de penteado é aquele? Não é porque o cara é médium que ele tem direito de fazer greve de pente. E vamos dizer apenas que, aquela cara dele de “Ah, sou um médium?” foi ter-rí-vel! Cadê a interpretação de Nelsan Ellis?
Isso sem contar que Jesus quase morreu nos braços dele e a expressão de seu rosto continuava assim:“...”.
Acorda, Lafayette!
Seu namorado está morrendo, um defunto acabou de entrar no seu corpo e você acabou de descobrir que está condenado a ser um bruxo! Quer mais? Tem um fantasma na sua cozinha!
Enquanto Lafa não acorda, Sam toma um baita balde de água fria na cara. Nem cumplicidade num duplo assassinato faz seu irmão ser digno de confiança. Quê isso... Tommy demite (e fala poucas e boas para) Sookie e pega a cunhada numa tacada só! Alguém pensou que agora ia ser diferente entre os dois? Acabou sendo mesmo. Tommy fez as coisas diferentemente piores. Sam resolveu coloca-lo pra fora de vez. Só que eu não me lembro de Tommy fazer algo certo ou sair de uma situação com o rabo entre as pernas. Ele sempre sai aprontando mais. Depois de tudo isso, qual será a próxima dele?
Alcide estava no pôster desta 4ª temporada. Mais até agora não fez nada de memorável (tirar a roupa e contar historinha de pantera não conta!). Sookie liga, ele aparece. Sookie vai pro matinho, ele aparece. Sookie transa no matinho, ele aparece. Ah! Aí numa tentativa de fazer algo de útil ele entra num novo bando por causa de Deb... mas! Não tira o pensamento de Sookie. Isso numa festa chonga de lobisomem não é tão mal... mais na cama com a namorada? Ah, Alcide. Para, né.
Jessica está inclusa na lista “As Mulheres Loucas de Jason”. Mesmo que o caso ainda não é oficial, ambos estão pensando um no outro. Ela já não sabe se ama Hoyt. Ele evita Hoyt todo o tempo (e fica pensando nas maiores imoralidades com ela). Com um amigo e uma namorada dessa, sei não Hoyt...
Porém o mais interessante de Jason é a cara de decepção que ele fez quando descobriu que não ia ser pantera. O cara esperou tanto, choramingou tanto, que no final ele até queria que a lua cheia o transformasse. Não deu em nada, mais pelo menos o primeiro encontro com Jessica aconteceu. Ou você não chamaria aquela conversinha no mato de encontro? Hoyt chamaria!
Contudo, esse sentimento novo que Jessica e Jason estão alimentando pode resultar na sobrevivência dela. Ele ligou os pontos na hora: (1) feitiço poderoso contra vampiros, (2) pode ser que eles não sobrevivam, (3) Jessica é vampira. Jason sair correndo daquele jeito é a última esperança da personagem mais desejada pela ala masculina dos telespectadores de True Blood.
Então, corre, corre, Jason. Sua linda ruiva quer ver o sol.
Sobre a Temporada (até aqui):
Lendo blogs de séries pela internet afora vi muita gente RECLAMANDO da temporada. Vi uns até dizendo que estão com preguiça de assistir True Blood. Que absurdo!
Quer dizer... cada um tem sua opnião, né. A minha opinião me diz que esta temporada está boa sim. Eu - euzinha falando por mim mesma - não tenho uma temporada preferida ou odiada quando se trata de True Blood. Eu sempre olho para esta série vendo-a homogênea. O padrão de qualidade dela é único. Tem seus percalços, é claro. Mais ruim de tudo? Não. Ela sempre acaba se superando.
P.S.1: A cena da funcionária de Pam gritando em cima do caixão da vampira: HILÁRIA.
P.S.2: A maquiagem de Pam em carne viva: nota 10 para True Blood.
P.S.3: Confissão (amarga) - Andy continua odioso e inútil, (por isso) me recuso a coloca-lo nesta review. Mas as flores “em promoção” me fizeram rir um cadinho...
P.S.4: Notaram que Sookie e Eric estão praticamente casados, né? Morando juntos, dormindo juntos, e servindo de consolo uma para o outro "na saúde e na doença"...
P.S.5: Quantas declarações de amor entre Sookie e Eric! Fico imaginando como será quando a memória dele voltar e faço a mesma pergunta dele: Sookie vai querer ficar com ele depois disso?
P.S.6: Crystal não apareceu em 2 episódios seguidos. Eba!
P.S.7: A linda música-tema do 4x06 é cantada por Neko Case e se chama "I wish I was the moon" assim como o episódio. Vocês podem ouvi-la aqui.