The Finder - 1×03 - A Cinderella Story
The Finder apresenta: “As Aventuras da Cinderela Serial Killer”.

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Olha, leitores. Melhorou um pouco, não? Melhorou em ação, a história foi mais interessante. Mas alguns pontos não se conectaram bem. Ou não se conectaram de jeito nenhum.
O que houve de mais interessante em A Cinderella Story foi o novo cliente de Walter. Ira Messing (Ian Reed Kesler) é um peculiar cientista que calcula velocidade de asteroides. Numa bela noite ele conheceu uma bela loira que corria perigo. Cavalheiro como é, ele recorreu até a satélites para encontrá-la. Sem sucesso, o jeito era pedir a ajuda de Walter Sherman, o último recurso da raça humana para encontrar o que está perdido. Da bela loira, a única pista que Ira guardava era um sapato que ela, acidentalmente, deixou para trás. Então a procura começa.
Tudo começou muito bem. Logo no início da investigação Walter levou Isabel para as compras. Ela, muito contente, – e retardada para uma policial –, nem percebe do que se trata. Em certo momento ele até a lembra: “não sou seu namorado”. Porém, parece que cada palavra e movimento dela insinuam (e continuaram a insinuar) uma intimidade que não existe. Pior, uma química que nunca esteve ali.
Provando ainda mais sua competência como policial, Isabel entra e sai da loja de calçados sem notar absolutamente nada de diferente. Tá. Talvez eu esteja sendo dura com a moça. Ela não tinha a obrigação de perceber que o sapato falsificado se diferenciava do original pela ausência de costura. Ela tinha que esperar, obviamente, pelo veredicto de Walter, que é o único capaz de perceber coisas erradas. Certo? Certo.
Willa, assim como no episódio anterior, continuou interpretando a delinquente. Só que desta vez ela foi muito mais além e expandiu sua área de interesse para a vida particular de Leo. Este, de acordo com o roteiro, foi o gancho para sabermos mais do passado de Knox e, talvez, tirá-lo do papel de fã de Walter.
Até que deu certo. Soubemos que por trás da perca de toda sua família existe um executivo sem coração e uma empresa inconsequente (já viu essa história em algum lugar?). Descobrimos que a tática de Leo diante de seu algoz é buscar o perdão e a paz. Para que vingança, né? Mas aí chega Willa e dá uma surra de taco no velho, mostrando o rosto na maior tranquilidade, batendo um papo, deixando um recadinho e, ainda, segundo ela, tudo isso por sugestão de Walter.
Vejam a tamanha falta de lógica de Willa. Por que ela nem sequer tentou esconder o rosto? Não é ela que está em condicional? E por que será que ela pensa que uma surra é igual a um vale-presente? E o engraçado é que ela vem de uma família de ciganos… que são considerados pacíficos.
A resolução do caso nos reservou boas surpresas. Ao invés de Ira ser o psicopata, o que poderia ser meio óbvio, era a Cinderela que gostava de imitar Dexter. E a tal cinderela gostava de brincar com disfarces também. Não dava para imaginar que ela estava “interpretando” sua própria colega de quarto. Alguém aí percebeu?
Até aí tudo bem. E então arrumam uma “justificativa” pra ela. Justificativa para matar… justificativa para matar homens em série… o que mais poderia ser? Ela ainda não tinha encontrado sua alma gêmea! E, claro, todos os outros homens do mundo mereciam a morte por isso. Não, The Finder!
Eu aprecio o esforço de Geoff Stults no papel de protagonista. Ele atua, pula, canta, grita, faz o que tiver de fazer. Não poupa esforços… E se sai muito bem. Mas o resto da série está sem rumo. Este episódio, por exemplo, foi engraçado, não foi chato nem muito melodramático. Contudo, quando olhamos para o roteiro… são tanto furos que até esquecemos das risadas proporcionadas.
Não adianta o protagonista ser fera se ele tiver que carregar a série sozinho. Por mais que Hart Hanson seja o ninja dos 7 anos de Bones, eu já sinto um cheiro de cancelamento por aí. Sorry, Hart.