As 10 Melhores Estreias de 2012
Depois do Top 10 das piores estreias de 2012, confira quais séries foram eleitas como as melhores novatas do ano.

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Depois do Top 10 das piores estreias de 2012, confira quais séries foram eleitas como as melhores novatas do ano.
Embora grande parte do elenco seja excelente, o destaque fica para Jeff Daniels, o Will, o principal da série. Jeff soube interpretar com precisão seu personagem em todos os momentos. Já o final apresentado teve uma atmosfera melancólica, pois houve predomínio da transformação ao invés da resolução. E existe uma explicação para isto. No caso do último episódio, dos impedimentos aos mais pobres de votar, isso são questões em processo -- não dá para resolver da noite para o dia. De imediato, a solução é fazê-los visíveis e colocá-los em debate.
Sendo assim, The Newsroom foi uma ótima estreia. Dentro de seu contexto único e complexo, ela ainda conseguiu mesclar comédia e inteligência em seus hábeis diálogos e em suas tramas, sendo esta uma das melhores, e talvez mais contraditórias, marcas da série.
10. Copper (BCC America)
Por Guilherme Inojosa
Copper é uma presença interessante nessa lista. Após o seu piloto, a vontade imediata do espectador é de parar de ver e nunca mais voltar a assistir. Depois do segundo episódio, vê que melhora, mas continua não achando grande coisa. Vai mais um, dois, três nesse ritmo, até que você se percebe preso dentro da narrativa construída.
Misturando casos da semana interessantes com uma trama de mistério, é uma série que não se afunda nas próprias pretensões e consegue construir uma boa narrativa da Guerra Civil, com personagens repletos de ambiguidades e um clima que nos deixa igual ao protagonista: perdido e sem saber em quem confiar.
9. Last Resort (ABC)
Por Marco C. Pontes
De 9 entre 10 seriadores, Last Resort foi a nova estreia que mais agradou antes mesmo de ir ao ar. O motivo? Uma promo encantadora, chocante e interessante, que deixava claro que a série não estava ali para brincar, mesmo que seja de entendimento geral que uma série nunca passa de um simplesmente entretenimento. O piloto da série já comprovou o que esses seriadores pensavam: estávamos diante de uma superprodução, com um roteiro de qualidade, uma qualidade que só é vista em séries de canais fechados.
A série não conseguiu, porém, manter o alto nível de execução inicial em todos os episódios. Mas no que faltava em cenas grandiosas, ela compensava com um ótimo roteiro e ótimas atuações, toda trabalhada na conspiração do ataque contra o submarino USS Colorado, com momentos envolventes e impactantes. Até quando não achava que a série conseguiria desenvolver bem os personagens em pouco tempo, ela me provou errado. Em menos de dez episódios, a série já conseguiu aprofundar e dar características marcantes para cada um de seus personagens (até para aqueles que são julgados não importantes), aumentando mais ainda a qualidade dramática da produção.
8. Vegas (CBS)
Por Arlane Gonçalves
Vegas é uma série simples. Naquele estilo em que a CBS é especializada, o famoso procedural policial que o público americano adora. Mas é na simplicidade particular dela que reside seu charme. O protagonista Ralph Lamb, por exemplo, não é exatamente de um tipo novo. Quem já viu alguns filmes e séries na vida, reconhece o tipo matuto de longe. No entanto, a forma com que Dennis Quaid dá vida ao xerife, faz dele uma figura completamente melhor e mais humana do que as que estamos acostumados a ver.
E é pela característica de melhorar aquilo que já “vem pronto” que Vegas é uma das melhores estreias do ano. A inimizade de Ralph e Savino, ambientada dentro do crescimento de Vegas como a cidade dos cassinos, ilustra bem este cenário. Onde esperávamos uma briga sem fim de gato e rato, acabamos encontrando dois homens que lidam com os péssimos destinos que a vida lhes deu e, de uma forma ou de outra, tentam sobreviver em seus próprios termos. Onde esperávamos uma inimizade sem lógica, que serviria apenas para sustentar um longo ciclo de episódios repetitivos, encontramos dois antagonistas que são tão iguais quanto se imaginam diferentes. Embora não saibam (ou não admitam), eles simplesmente se completam.
Outro ponto interessante é o elenco. Denis Quaid, Michael Chiklis e Carrie-Anne Moss vêm de notáveis carreiras no cinema, e a experiência que possuem fica transparente em suas excelentes atuações. Por último, chamou minha atenção a forma como a CBS retrata uma investigação policial sem exames de DNA e tecnologias do gênero. Ficou tudo muito natural e verdadeiro. Atributos estes que ressaltam mais ainda a qualidade da nova série de máfia versus cowboys.
7. Continuum (Showcase)
Por Rodrigo Canosa
Beneficiada pela escassez de bons programas durante a Summer Season, a série canadense Continuum, produzida pelo canal a cabo Showcase, aproveitou-se do momento propício e tornou-se uma das gratas surpresas de 2012.
Apostando em uma temática sci-fi, com muitos mistérios e mesclando assuntos como viagem no tempo, política e terrorismo, Continuum conta a história de Kiera Cameron (intepretada pela lindíssima Rachel Nichols, de Alias e Criminal Minds), uma detetive de 2077 que acidentalmente (ou não) acaba transportada de volta a 2012 juntamente com oito criminosos pertencentes ao grupo terrorista Liber8, que pretendem alterar os fatos do passado para impedir a falência dos governos e o domínio do mundo pelas grandes corporações. Presa nos dias de hoje, Kiera se vê obrigada a tentar impedir que os terroristas consigam seu objetivo e, para isso, conta com a ajuda do jovem Alec Sadler, um gênio adolescente que será o responsável no futuro pelo desenvolvimento de toda a tecnologia avançada usada por Kiera para caçar criminosos em 2077.
Continuum teve 10 episódios exibidos e, apesar de ter oscilado um pouco durante a temporada (após um ótimo início), voltou a exibir episódios excelentes em seu final, deixando os fãs da série sedentos para a próxima temporada, sendo que o sucesso obtido não só fez com que Continuum fosse renovada como ainda despertou o interesse do SyFy britânico, que começou a exibi-la em setembro, e do SyFy americano, que irá exibi-la a partir de janeiro.
6. Go On (NBC)
Por André Fellipe
A lógica para se fazer uma boa série de comédia normalmente está relacionada ao estabelecimento de uma conexão entre personagens e telespectador. Isso é basicamente 90% do necessário para se divertir com os estranhos que aparecem aos montes para os série maníacos ao longo do ano. Enquanto a tentativa anterior de Matthew Perry em voltar à televisão (Mr. Sunshine) falhava miseravelmente nesse quesito, Go On acertou em cheio. A ideia de colocar aquelas pessoas em um grupo de autoajuda para pessoas com raiva é sensacional para mostrar o quanto aqueles estranhos necessitam um do outro, afinal, se eles não possuírem uma química entre si, as chances do público se importar com elas são praticamente nulas.
Graças a isso, Go On estabelece imediatamente aquelas pessoas como um grupo, permitindo que, com o passar dos episódios, cada um pudesse mostrar suas peculiaridades. Aliás, por ser um grupo extenso, é surpreendente como a série vem conseguindo trabalhar bem com cada um deles, evitando o máximo que se estabeleçam estereótipos. Quer uma prova dessa conexão? Só olhar a celebração do fim de mundo.
Parece que você acertou dessa vez, Matthew Perry!
5. Ben & Kate (Fox)
Por Marco Aurélio
Com um ambiente divertido e leve típico de comédia romântica, a série relata a vida dos irmãos Fox, que, apesar de apresentarem temperamentos diferentes, sempre demonstram sinais de companheirismo em todos os momentos. Kate é sempre a mais ajuizada, embora tenha engravidado na adolescência e, por isso, Ben, que é mais brincalhão, decide morar com a irmã para ajudar a cuidar da sobrinha.
Além de transbordar graciosidade, a novata é cercada de carisma, o que possibilita uma afinidade com os personagens quase súbita, e comporta-se como uma série experiente, que sabe exatamente o que faz. Sabe quando os personagens tem uma excelente interação entre si? Assim é Ben and Kate, a série mais fofa da Fall Season.
Entre lágrimas e sorrisos, a série consegue ser extremamente simpática e regular. A melhor opção de uma série descompromissada e encantadora desta Fall com certeza é Ben & Kate.
4. Partners (CBS)
Por Arlane Gonçalves
Partners era, e eu digo era com o maior pesar, uma coisa muito, muito, muito linda. Desde a musiquinha de abertura até a amizade perfeita de Louis e Joe, não dava para parar de sorrir enquanto assistia um episódio. O clima agradável que a série transmitia era tão bom, que mesmo com apenas vinte minutos do piloto, parecia que há muito conhecíamos aquela turma.
Meu maior temor, no começo, era a presença de Brandon Routh. Lindo e maravilhoso do jeito que é, o homem mal é capaz de manter uma atuação por mais de cinco minutos. Mas Partners, sapeca como era, soube usar até a incompetência de Routh a seu favor. E lá tivemos um ex-Superman gay, que nem se importava em fazer piadas de seu passado (não tão) heroico.
O melhor de tudo, no entanto, era o terceiro casal. Joe e Ali eram o primeiro, Wyatt e Louis o segundo, e Joe e Louis o terceiro. Gente, esses dois não perdiam a oportunidade de agir como se fossem casados há 30 anos. Entre suas várias brigas e reconciliações, a cada vez que os dois se reencontravam, arco-íris saíam da tela. Dava para sentir todo tipo de emoção com a forma como eles se amavam, e até uma pontinnha (ou uma pontona bem grande) de inveja porque não é em qualquer vida que se tem uma amizade como esta.
Infelizmente, e não sei precisamente por qual razão, Partners não vai passar de um prelúdio ao que eu considero uma das comédias com premissa mais divertida que já vi, com direito a um bom elenco cheio de química e, o que mais importa, piadas genuinamente engraçadas.
3. Hunted (BBC One)
Por Arlane Gonçalves
Hunted chegou de surpresa. Fora das listas de séries aguardadas dos canais americanos, só ouvi falar dela pelos constantes elogios nas redes sociais. Ao conferir a história de Sam Hunter, vi que estava ali uma das melhores estreias do ano. Seu gênero -- cenas de luta, suspense, ameaça pairando no ar -- é um dos meus preferidos. Sam é uma espiã que vive num mundo paranoico e totalmente absurdo. Para completar, ao mesmo tempo em que a história dela se aproxima para pegá-la, a história em que ela se insere a trabalho -- a da família Turner -- traz mais demônios ao seu caminho. E, da forma mais paranoica e absurda possível, acaba que tais histórias estão conectadas muito além da presença dela. No final, fazendo jus ao estilo nem sempre palpável, mas sempre pomposo (vital nos roteiros de ação), tudo, ou quase tudo, se desfaz ao redor de Sam, "a mulher que sempre sobrevive".
Como é de praxe na BBC, a série é impecável em atuações e ambientação. No clima de mistério e apreensão do enredo, o tom acinzentado predomina na tela. Melissa George, a atriz protagonista, consegue expressar bem a constante aflição de sua personagem. E Patrick Malahide (Game of Thrones) dá simplesmente uma aula de como construir um vilão, fazendo de seu Jack Turner um figura completamente psicótica.
Hunted é, sem mais nem menos, aquela série que prende o telespectador pela sensação de imprevisibilidade e perigo, praticamente impossibilitando que se pense em outra coisa enquanto se assiste o episódio.
2. The Newsroom (HBO)
Por Marco C. Pontes
Aaron Sorkin, o criador de The Newsroom, com certeza recebeu muita pressão na hora de desenvolver a nova série. Suas obras primas, The West Wing e Studio 60, definitivamente o colocaram em outro patamar. The Newsroom então vem e cumpre o seu papel simplesmente dando um tapa na cara do jornalismo americano e suas convicções políticas, sempre equivocadas. O fato de lidarem com notícias reais durante toda a primeira temporada, deixa claro que Sorkin, ao mostrar algo previsível (afinal, sabemos como a notícia se desenvolverá), consegue ainda emocionar e nos fazer refletir sobre aquilo que, supostamente, servia simplesmente para vender jornais.
Embora grande parte do elenco seja excelente, o destaque fica para Jeff Daniels, o Will, o principal da série. Jeff soube interpretar com precisão seu personagem em todos os momentos. Já o final apresentado teve uma atmosfera melancólica, pois houve predomínio da transformação ao invés da resolução. E existe uma explicação para isto. No caso do último episódio, dos impedimentos aos mais pobres de votar, isso são questões em processo -- não dá para resolver da noite para o dia. De imediato, a solução é fazê-los visíveis e colocá-los em debate.
Sendo assim, The Newsroom foi uma ótima estreia. Dentro de seu contexto único e complexo, ela ainda conseguiu mesclar comédia e inteligência em seus hábeis diálogos e em suas tramas, sendo esta uma das melhores, e talvez mais contraditórias, marcas da série.
1. Arrow (CW)
Por Isaque Criscuolo
Imagine um mundo em que Smallville já não está mais no ar e seus fãs estão à procura de alguma série para cobrir os 40 minutos semanais deixados vagos pelas aventuras de Pequenópolis. É nessa realidade que surgiu Arrow, a coisa mais linda da Fall Season 2012, e que me faz deixar a parcialidade de lado para defendê-la.
Aproveitando o sucesso que a narrativa de Nikita trouxe para a CW, com cenas de ação e muitas mortes, os roteiristas/criadores de Arrow tiveram um terreno fértil para trabalhar. Junte na receita o fato de todos eles serem apaixonados por quadrinhos, com a herança de Smallville, e temos uma série que em nove episódios deixou milhões de espectadores/meninas/moças/mulheres/amigues/gueis/héteros/etc/ vidrados no torso de Oliver Queen nas aventuras do playboy misterioso.
Junto de toda a ação também temos drama adolescente, drama adulto, safadeza oculta, torso do Stephen Amell, tramas inteligentes e repletas de easter eggs, torso do Stephen Amell, referências riquíssimas ao mundos dos quadrinhos, bons atores, roteiro bem construído e torso do Stephen Amell. Ou seja, se você ainda não viu um episódio sequer dessa trama deliciosa, o que está esperando? Arrow é a melhor estreia de 2012 e promete abalar as estruturas da CW.
Por pouco não entraram na lista:
1. Magic City: só a presença de Jeffrey Dean Morgan (Grey's Anatomy e Supernatural) já foi suficiente para fazer de Magic City uma das melhores estreias. O homem é um verdadeiro poço de carisma e atração em qualquer papel que faz. Além disso, o enredo da série é excelente, daqueles que fazem o estilo história cult para gente cult entender. Contudo, faltou ação nesta primeira temporada. É compreensível que a série quis "criar um território" em seu ano de apresentação. Só que, desta forma, o melhor acabou ficando guardado para depois.
1. Magic City: só a presença de Jeffrey Dean Morgan (Grey's Anatomy e Supernatural) já foi suficiente para fazer de Magic City uma das melhores estreias. O homem é um verdadeiro poço de carisma e atração em qualquer papel que faz. Além disso, o enredo da série é excelente, daqueles que fazem o estilo história cult para gente cult entender. Contudo, faltou ação nesta primeira temporada. É compreensível que a série quis "criar um território" em seu ano de apresentação. Só que, desta forma, o melhor acabou ficando guardado para depois.
2. The New Normal: a nova série do titio Murphy tem seu mérito por ser engraçada enquanto brinca com nossa triste realidade. Mas, enquanto a brincadeira se restringe a retratar apenas certos aspectos da hipocrisia cotidiana, acaba que New Normal fica engessada, com personagens previsíveis e situações exageradamente caricatas. Além do mais, esta não é (nem de longe) a primeira série com temática gay que mostra a vida de quem tenta assumir sua homossexualidade e ter uma família a partir daí. Em outras palavras, outros já tiveram a iniciativa e fizeram muito melhor. Resta esperar que Ryan Murphy consiga fazer melhor também.
Em tempo (de fazer algumas notinhas):
- Para os fãs de X-Files, Continuum conta com a participação de dois atores da série, sendo um deles nada menos que William B. Davis, o eterno Canceroso, no papel do misterioso Alec Sadler do futuro. O outro? Bom, não vou estragar a surpresa do final da temporada para quem está pensando em começar a assistir a série, certo? (Por Rodrigo Canosa)
- Qualquer semelhança de Vegas com Magic City é mera coincidência. Embora as duas possuam contextos diferentes, dá para notar uma coisinha parecida aqui e ali. Como ponto positivo, claro.
- Frank Spotnitz, produtor de Hunted, foi também produtor de X-Files e Millennium.
- Hunted foi cancelada pela BBC e renovada pelo Cinemax, que produziu a série em parceria com o canal britânico. Ao exibir a 2ª temporada na América, Hunted será diferente do que foi até aqui, provavelmente só com Sam Hunter de fator comum.
- Hunted foi cancelada pela BBC e renovada pelo Cinemax, que produziu a série em parceria com o canal britânico. Ao exibir a 2ª temporada na América, Hunted será diferente do que foi até aqui, provavelmente só com Sam Hunter de fator comum.
Mil agradecimentos pela colaboração de: Marco Aurélio (@aurdall), Marco C. Pontes (@marcoacpontes), Rodrigo Canosa (@rodrigo_canosa), André Fellipe (@andre_fellipee), Guilherme Inojosa (@guilhermeifc) e Isaque Criscuolo (@isaquecriscuolo).
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